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Setor do vestuário em Mato Grosso já gera 16 mil empregos diretos

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O setor do vestuário em Mato Grosso começa a ganhar espaço e destacar-se no Estado com o filão da moda. Só para se ter uma ideia, 2009 foi um ano bastante produtivo, pois em meio à crise, houve crescimento acentuado não só nas confecções, mas também nas indústrias do segmento em geral. "O movimento é forte em direção à produção para consumo social, com indústrias, varejistas e lojistas focando suas atividades para a moda", avalia a presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário do Estado de Mato Grosso (Sinvest), Cláudia Fagotti. O setor gera, atualmente, cerca de 16 mil empregos diretos e 48 mil indiretos.

Hoje, a maioria (70%) das indústrias de Mato Grosso está voltada à confecção de uniformes, porém, as novas plantas fabris estão despertando para um novo nicho de mercado: a moda. "Recentemente tivemos a confirmação da vinda de uma grande indústria têxtil para Mato Grosso, o que vai alavancar ainda mais o ramo das confecções e seus núcleos", revela Cláudia.

Dados do último censo realizado há seis anos nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis revelam que existem mais de mil indústrias instaladas no Estado. 80% da produção são para o consumo interno. "Precisamos mostrar que a nossa produção tem tanta qualidade e estilo como qualquer outra indústria do país", ressalta Cláudia.

Acompanhando esta tendência do segmento, a capital mato-grossense ganhou nesta semana uma nova loja cuja matéria-prima utilizada é o algodão. O diferencial da produção da no empresa, a Pano, é a valorização das características regionais. As empresárias e sócias do empreendimento, Patrícia Carvalho e Cláudia Fagotti, acreditam que esse investimento irá fomentar ainda mais a produção local, a atração de novas indústrias e ampliará a cadeia produtiva.

"Somos o maior produtor de algodão do país e pouco industrializamos esse produto internamente. Existe ainda grande oportunidade de mercado de tecelagem, com o fornecimento desses materiais às indústrias locais. Com o aumento do consumo interno, novos investimentos são atraídos para o Estado, gerando mais emprego e renda", analisa Fagotti.

A presidente do Sinvest revela ainda que o setor passará por um novo censo este ano, com o intuito de detectar a quantidade de indústrias, funcionários, capacidade produtiva, além das principais dificuldades na produção, mão-de-obra, entre outros. Com base nesse diagnóstico, o trabalho será focado na comercialização. A ideia é fomentar o consumo e ‘vender" Mato Grosso em todo país e no exterior, com peças exclusivas que só o Estado pode oferecer.

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