O setor de franquias estima crescimento de 15% em faturamento neste ano. A presidenta da Associação Brasileira de Franchising Regional Rio de Janeiro (ABF-RJ), Fátima Rocha, informou que 2 mil marcas estão em operação no Brasil, somando 86,3 mil unidades franqueadas. O estado do Rio de Janeiro detém 10,5 mil dessas unidades.
Segundo Fátima, os setores com maior potencial de expansão no Brasil são turismo, hotelaria, ensino de idiomas, alimentação, beleza, vestuário e calçados.
Outro segmento que começa a despontar como atrativo, com a ascensão social das classes C e D da população, são as chamadas microfranquias, que não exigem ponto comercial. "Tem sido uma opção bem bacana para esses nichos de empreendedores. As pessoas podem operar de suas próprias residências", disse Fátima em entrevista à Agência Brasil.
Com um total de 777 mil funcionários e um faturamento de R$ 76 bilhões no ano passado – crescimento de 20,4% em comparação ao ano anterior – o setor de franquias brasileiro projeta ampliar o número de franqueados nos próximos anos.
Fátima participou hoje (15) da abertura da 5ª Rio Franchising Business, no Riocentro. Os números da feira confirmam o momento positivo vivido pelo Rio de Janeiro no cenário nacional: o crescimento em termos de espaço foi 50% em relação à edição passada e são 200 marcas expositoras. O evento vai até o dia 17.
"Crescemos 50% em função da demanda", disse Fátima. Os negócios gerados na 4ª Rio Franchising, da ordem de R$ 50 milhões, deverão dobrar este ano, estimou. A feira está levando aos visitantes informações sobre o funcionamento do setor, além de capacitação. "A gente tem duas demandas: das pessoas que querem ampliar as vendas e de franqueados, ou futuros candidatos, querendo ter o seu negócio próprio, buscando alternativas de trabalho".
O Rio de Janeiro responde por 12,2% do mercado nacional de franquias e apresenta perspectivas de expansão devido à exploração de petróleo no pré-sal, à revitalização da zona portuária e aos megaeventos que ocorrerão na capital fluminense até 2016, declarou a presidente da ABF-RJ. "A tendência é oferecer para o mercado carioca uma demanda absurda de negócios, porque são muitas famílias que vão começar a vir para o Rio em busca de investimentos, tanto do Brasil como do exterior, porque se trata de mão de obra especializada".
Essa demanda ocorrerá por necessidade e, também, por ocupação profissional, destacou Fátima. "Acabam percebendo em uma franquia uma grande oportunidade. Não é à toa que entre 60% e 70% da ocupação nos shopping são franquias".
A presidente da ABF-RJ observou que o franchising oferece mais segurança a quem deseja investir, porque "minimiza o risco" e por ter um sistema em que a própria franqueadora exerce a fiscalização, de modo a garantir a qualidade do empreendimento. Acrescentou que o mesmo ocorre em relação ao governo. "A franquia faz um trabalho preventivo, do primeiro emprego, da primeira ocupação formal. E a empresa tem que estar regularizada, recolhendo os seus tributos devidamente. Acaba sendo bom para todo o mundo".