Falta de crédito, dificuldade de financiamento e as taxas de juros formam a lista dos principais problemas apontados pelo setor automotivo de Mato Grosso. O primeiro encontro preparatório para o Congresso da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotivos (Fenabrave), que acontece no dia 14 de setembro, em Brasília, foi feito, em Cuiabá, ontem. Nos próximos meses serão realizadas mais 21 reuniões preparatórias. O objetivo é levar informação aos profissionais do setor automotivo e levantar os principais problemas para serem discutidos no congresso.
O presidente dos conselhos Deliberativo e Diretor da Fenabrave, Sérgio Antônio Reze diz que as preparatórias consistem em palestras com vários tipos de profissionais, sessão de perguntas e discussões sobre as principais dificuldades dos empresários. Segundo ele, a novidade para Cuiabá foi o lançamento da TV Fenabrave. Assim as 22 regionais poderão oferecer cursos profissionalizantes para os associados. “Com isso, economizamos dinheiro e tempo”.
Soluções são sempre bem vindas. Representantes do setor reclamam da mesma coisa, que é a falta de crédito. A crise mundial também preocupa. O empresário Paulo Boscolo enfatiza que no segmento de caminhonetes, por exemplo, houve um pequeno desaquecimento que já está sendo recuperado.
O supervisor financeiro, Maury Brito dos Santos, acrescenta que a carga tributária é outro problema que atinge diretamente o setor automotivo. Por outro lado, ele reconhece que as ações do governo federal e das instituições financeiras também estão ajudando o setor a se recuperar.
Já para o supervisor de venda, Alexandre Galina, a principal informação veio do economista Ricardo Amorin que mostrou os novos consumidores que estão chegando no mercado. O economista falou sobre a distribuição de renda e as novas opções de mercado. “Para mim o que importa é vender mais. Muitas vezes ficamos fechados em nossos núcleos e isso restringe as novas idéias e uma visão mais ampla de mercado”, ressalta.
O segmento de motos também comemora um reaquecimento em março. O empresário Osmar Queiroz explica que a expectativa é que em 2009 haja um crescimento de apenas 3% se comparado com 2008.