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Sescon e Fenacon debatem em MT ações do governo e riscos para empresas

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Durante três dias, empresários da área de contabilidade, auditores da Receita Federal, políticos e os presidentes da Fenacon e do Sescon-MT, debateram questões relacionadas a política de desenvolvimento econômico, legislação tributária, documentação e tecnologia durante o I Encontro Matogrossense das Empresas de Serviços. Na área governamental participou o vice-governador Chico Daltro. Estiveram presentes ainda presidentes dos Sescons de Mato Grosso do Sul, Ruberlei Bulgareli, de Minas Gerais, Luciano Alves, de Roraima, José Belido e, representando o Sescon de São Paulo, o diretor Márcio Massao Shimomoto. O presidente do Sindicato dos Contabilistas de Mato Grosso (Sincon-MT), Evandro Santos e o conselheiro do CRC-MT, Remício Gonçalves, também participaram do evento. O deputado José Riva, presidente da Assembléia Legislativa enviou representante para debater lei de sua autoria.

O presidente do Sescon (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas de Mato Grosso) pontuou a necessidade sobre questões que envolvem o trabalho da categoria e afirmou que as políticas para desenvolvimento econômico e legislação tributária merecem atenção especial por parte do empresário contabilista, o que envolve aspectos na documentação e novas tecnologias, exigindo, além da troca de experiências entre os profissionais, a permanente atualização.

Sob o tema "Novo Cenário de Mudanças para as Empresas de Serviços de Mato Grosso" o Encontro, promovido pelo Sescon-MT, iniciado no dia 19 e encerrado ontem, domingo, 22, focou temas que afetam a vida do empresariado de uma forma geral e que envolvem diretamente a atuação dos escritórios de contabilidade. Pietrobon afirmou que é preciso reforçar a importância do contador na sociedade. "Temos que mostrar que o trabalho do contador é muito maior. Nós temos o destino das empresas em nossas mãos, porque elas nos consultam para tudo", afirmou o presidente da Fenacon , Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas, Valdir Pietrobon.

Palestras – O vice-governador do estado, Francisco Daltro, apresentou projetos que norteiam a gestão atual, enfatizando respeito a categoria contabilista, pois é quem "viabiliza e sustenta as empresas do país, além de proporcionar as condições necessárias para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas".

Segundo ele, Mato Grosso é um estado cheio de oportunidades e o governo tem projetos que pretendem melhorar a economia por meio de investimento em pesquisas e infra-estrutura. Para isso, o vice-governador demonstrou dados sobre parcerias com o BNDES e BID, que ultrapassam a marca de 1 bilhão e 400 milhões de reais no primeiro caso (BNDES) e chega a 595 milhões no segundo (BID).

Em seguida, o advogado Carlos Alberto do Prado falou sobre "O processo de negociação na visão do contador", e tratou exclusivamente do trabalho destes profissionais. Com uma visão essencialmente estratégica, o palestrante não deixou de estabelecer uma relação bem pessoal entre contador e seu trabalho. "Precisamos ter consciência do que queremos e utilizar as ferramentas para conseguir", afirmou Prado por diversas vezes. Para ele, é preciso observar a todo momento como pequenas coisas são capazes de grandes transformações. Pequenos atos podem influenciar os negócios.

Na sexta feira (20), durante painel o presidente da Fenacon, Valdir Pietrobon, enfatizou que que a atuação política tem extrema importância no desenvolvimento da profissão do empresário contabilista, principalmente no que se refere a questão tributária e a consolidação do Simples Nacional. Nesse sentido, o presidente falou sobre o PLP 591/10, que está em discussão no Congresso e pode alterar alguns pontos do Simples.
Para ele, as pequenas e micro empresas executam um trabalho fundamental para o desenvolvimento econômico do país, por isso o pequeno empresário deve redobrar as atenções, porque as exigências legais são muitas e as falhas podem gerar multas ou complicações para as empresas. Ele frisou que as micro e pequena empresa não foi feita para recolher impostos, mas sim ter uma grande atuação social, gerando emprego, capacitando pessoas. Além disso, Pietrobon também falou das parcerias da entidade com o Sebrae para investimentos no setor, treinamentos, entre outros.

O vice-presidente administrativo do Sescon-SP, Márcio Massao Shimomoto, falou sobre as alterações no formato para prestar informações sobre PIS e COFINS (e-PIS/COFINS) e Escrituração Digital (Sped Fiscal). O processo de informatização do sistema, segundo Massao, traz diferentes padrões de organização, fechamento automatizado e blocos para cadastrar documentos, mas tudo isso deve facilitar a vida do contador. O diretor explicou o tipo de documentação que entra nos cadastros e os cuidados necessários para que não ocorra desencontro de dados, gerando problemas para o profissional, porque todas as atividades geram impostos e precisam ser registrados de alguma maneira. "As informações cadastradas são automaticamente fechadas, em blocos, então é importante que elas não sejam alteradas depois, de maneira isolada".

Outra mudança destacada pelo diretor é que o arquivo digital enviado à Receita Federal concentra agora informações de todas as filiais da empresa na matriz, e não arquivos de cada uma delas. Para Márcio, a efetivação do sistema ReceitanetBX, onde as informações tocadas com a Receita são digitalizadas, deve facilitar ainda a integração de dados com os clientes, na emissão de notas e outras informações.

O diretor do Sescon-SP, Wilson Gimenez, traçou a história da Contabilidade, lembrando que documentos históricos como a Bíblia já traziam registros de atividades desenvolvidas pelo por estes profissionais. Gimenez também apontou mudanças econômicas, políticas e sociais que influenciaram nas transformações que a profissão passou ao longo do tempo.
Para Gimenez, atualmente, as características fundamentais para um contabilista de sucesso são postura ética, integridade, interesses em assuntos de sustentabilidade dentro da própria empresa ou para orientar os clientes, interesses em conhecimentos gerais – econômicos, políticos, entre outros -, comunicação eficiente, quebra de paradigmas e a busca por educação contínua, que inclui participação em eventos, cursos de especialização e domínio de pelo menos outro idioma, em especial o inglês.

A diretora do Sebrae-MT, Eneida Maria de Oliveira, apresentou informações sobre as parcerias entre a instituição e os contabilistas empreendedores, que são uns dos poucos profissionais que desenvolvem atividades intelectuais e podem ser enquadrados como Empreendedores Individuais. "Ao regularizarem-se como empreendedores individuais, os empresários passam a pagar alguns tributos, mas também passam a ter direito a benefícios da Previdência, como aposentadoria, auxílio doença, licença maternidade e seguro em caso de acidentes. Também há um programa de apoio do Sebrae nesse sentido, com ferramentas desenvolvidas para atender o empreendedor individual.

O presidente da Fenacon, Valdir Pietrobon, acompanhou a diretora do Sebrae na mesa para falar sobre o funcionamento do projeto, que virou Lei a partir de 2009 (LC 128/08), e que tanto o Sebrae quanto a Fenacon participam desde o início como idealizadores. A formalização ainda está em processo e as entidades trabalham agora para ampliar o número de cadastrados como MEI e auxiliar no processo até que haja segurança para que continuem seu desenvolvimento.

O advogado Carlos Alberto Prado falou sobre as vantagens e desvantagens das Holdings, empresas que tem a finalidade de controlar outras pessoas jurídicas. Prado expôs alguns modelos de formação das Holdings, suas características jurídicas, operacionais, etapas de formação, e pontos que ainda estão em discussão.

No sábado (21), o Sped foi novamente ponto de pauta no encontro. Desta vez, o auditor da Receita Federal, Carlos Sussumu Oda, detalhou o funcionamento do sistema que está ainda em desenvolvimento para incluir o cadastro de vários documentos. O Sped – Sistema Público de Escrituração Digital – tem a função de substituir os livros contábeis por arquivos digitais, além de padronizar, simplificar, integrar e facilitar o compartilhamento das informações. O sistema tem um controle rigoroso e funciona de tal modo que as entidades que precisam ter acesso a esses livros, como as Juntas Comerciais, podem autorizar um fiscal pra isso, como explicou Carlos.

A implantação do Redesim (Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios) em Mato Grosso e a regulamentação do Simples em nível estadual foram alguns exemplos de ações do deputado estadual José Geraldo Riva, segundo Maurício Munhoz, que representou o deputado no Encontro. O parlamentar tem pontuado que é dever do estado, além de incentivar a estabilidade, facilitar a formalização das micro e pequenas empresas, porque são capazes de gerar mais empregos – considerando que cerca de 60% dos trabalhadores formais brasileiros estão em uma dessas empresas – e fazer girar a economia.

O vice-presidente da Fenacon para a região Sudeste, Guilherme Tostes, provocou os participantes do I Encontro Matogrossense das Empresas de Serviços a fazerem a seguinte reflexão: quais os riscos que a sua empresa corre? A gestão de riscos é fundamental para o bom funcionamento de uma empresa. Segundo Tostes, os brasileiros não têm a cultura de gestão e por isso é preciso desenvolver o hábito de pensar todos os dias nesses riscos.

Depois da entrega de placas de agradecimento, homenagens aos palestrantes e distribuição dos certificados a todos os participantes do evento, o presidente do Sescon-MT, Adão Alonço dos Reis, encerrou o ciclo de palestras do encontro.

 

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