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Senai fecha três unidades em Mato Grosso e Sesi duas após cortes de R$ 30 milhões

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Só Notícias (foto: reprodução)

As unidades físicas do Sesi e Senai de Cáceres e Juína serão fechadas, assim como o Senai Barra do Garças. A decisão foi anunciada hoje e é consequência direta do corte de 50% determinado pelo governo Federal sobre a contribuição compulsória das indústrias ao sistema. A perda é de de R$ 30 milhões que corresponde a 20% da arrecadação prevista para todo o ano. Por isso, as unidades cuja sustentabilidade dependia majoritariamente da contribuição compulsória estão sendo desativadas.

O fechamento será imediato em Barra e Juína. Em Cáceres, todas as atividades existentes ficarão concentradas na unidade do Senai até que sejam concluídas e a unidade também suspenda o funcionamento. Também será suspensa a inauguração da unidade Senai em Alta Floresta, cuja sede está sendo construída. Já em Rondonópolis, o Sesi vai funcionar no mesmo prédio da unidade Senai.

A diretora regional do Senai Mato Grosso e superintendente do Sesi, Lélia Brun, esclarece que os atendimentos continuarão disponíveis em todos os municípios do estado, seja por meio das unidades móveis, atendimentos não presenciais ou nas indústrias. “Não gostaríamos de fechar nenhuma unidade. Passamos semanas estudando profundamente todos os cenários, tomamos inúmeras medidas para reduzir custos e ampliar receitas, mas ainda assim essa medida foi inevitável. Precisamos ser realistas se quisermos dar continuidade à nossa atuação pelo desenvolvimento industrial de Mato Grosso”, afirma.

Com o fechamento, haverá remanejamento de pessoas e também cortes de vagas nas duas instituições, afetando cerca de 15% do total dos profissionais. “Fizemos todas as projeções e estudos possíveis. Reduzimos a carga horária e os salários por 90 dias, reduzimos custos, renegociamos e cancelamos contratos com fornecedores, cancelamos eventos, proibimos despesas com viagens e diversas outras ações. Com o fechamento das unidades, buscamos remanejar o máximo de pessoas que pudemos, para minimizar a necessidade de cortes. Mas, infelizmente, a redução do recurso foi muito impactante para as nossas instituições”, ressalta.

O presidente do Sistema Fiemt, Gustavo de Oliveira, destaca que tanto o Sesi quanto o Senai MT continuam engajados no combate à crise, atuando em todas as frentes possíveis. “O Senai adaptou a estratégia durante este período e está produzindo diversos produtos voltados à saúde. São milhões de máscaras cirúrgicas sendo fabricadas dentro de unidade Cuiabá, em parceria com o governo do estado, protetores faciais de acetato fabricados e doados ao sistema público de saúde, máscaras de tecido, toucas hospitalares, além da manutenção de respiradores e da fabricação de cápsulas de oxigenação para teste nos hospitais”, lembra.

Ainda de acordo com Gustavo, a atuação do Sesi se concentrou nas indústrias, levando orientações e desenvolvendo produtos e guias para minimizar as possibilidade de contato nos ambientes laborais, por meio da campanha ‘Trabalho Seguro’. “Além disso, ainda temos a Fiemt e o IEL trabalhando em pesquisas, diagnósticos e ferramentas de gestão da informação, sempre com o objetivo de subsidiar os entes públicos em suas tomadas de decisão, com base em inteligência e análise de dados”, complementa.

A continuidade do atendimento às indústrias, ainda que haja uma tendência de retração na economia, todas as demandas serão atendidas, mesmo nas regiões que não têm unidades físicas. As duas instituições seguem oferecendo inúmeros serviços não presenciais, acrescentou. Cursos online gratuitos, webinars, debates online e outros serviços estão disponíveis a partir do portal da federaçãoque dá acesso tanto aos conteúdos do Sesi quanto do Senai, informa a assessoria.

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