Saiu o balanço do período restritivo das atividades de corte, arraste e transporte de madeira dentro das florestas mato-grossenses, conhecido como “piracema da madeira”. Foi o segundo ano que vigorou e o volume de madeira comercializada nos meses restritivos, fevereiro e março, apresentou queda vertiginosa. Isto representa o respeito dos empresários do setor do Estado a resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) que estabelece restrições a atividade florestal no período das chuvas. A medida é uma forma de proteger os solos e evitar os efeitos mecânicos do tráfego de máquinas e caminhões dentro das florestas.
Enquanto em janeiro foram comercializados 376,8 mil metros cúbicos de madeira, em fevereiro o volume foi 6 vezes menor, chegando a 61,7 mil metros cúbicos e, em março, foi a 70,5 mil. De acordo com a assessoria do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), estes volumes correspondem às toras extraídas antes do período de restrição, que ficam estocadas nas esplanadas principais, fora das áreas de manejo e que podem ser comercializadas normalmente.
Em relação aos números do período proibitivo do ano passado, em janeiro foram vendidos 366 mil metros cúbicos de madeira, enquanto em fevereiro este número caiu para 48,7 mil metros cúbicos e em março ficou em 61,3 mil metros cúbicos. A comercialização de madeira no Estado segue aumento gradativo em abril, mas com a total retomada da movimentação a partir de maio.
O secretário adjunto de Mudanças Climáticas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Júlio Bachega, afirmou, por meio da assessoria, que o período foi tranquilo e teve um trabalho de fiscalização normal, com equipes por terra e através de helicópteros, sem detecção de maiores problemas. “O período foi válido, inclusive com algumas empresas na região Noroeste do Estado solicitando um período de restrição maior, em função das dificuldades de exploração e pelo impacto no solo, principalmente em Colniza e Aripuanã”, disse.