O secretário de Indústria e Comércio, Norival Campos Curado, o secretário de Agricultura, Alexandre Picin, participaram -semana passada- com secretários estaduais de Mato Grosso, ministros e governadores de 7 países para discutir sobre alternativas de transportes de Mato Grosso para o exterior. Governantes da Bolívia, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Peru e Brasil debateram a criação de um intermédio de transporte e comércio entre esses países. Estruturas terrestres, rodoferroviárias, hidrovias foram colocadas em questão.
“Fizemos uma avaliação detalhada sobre a operação estradeiro e discutimos todos os problemas que estamos enfrentando com as vias de transporte da nossa produção. Queremos criar novas alternativas de vias, que gerem mais economia para os produtores. Colocamos para o exterior que como somos o estado do Brasil que fica mais próximo às fronteiras devemos ter uma ligação maior para o escoamento da produção que vai dar lucros tanto para nós como para eles”, disse ao Só Notícias Norival Campos Curado.
Segundo o ex-prefeito Antonio Contini, que também é empresário no ramo do aço, um assunto que deixou de ser debatido foi a construção da BR 163. “Fiquei desapontado com o ministério do Meio Ambiente que colocou várias dificuldades para construir a BR. Dessa forma os produtores do Estado vão ter muitos prejuízos, porque as vias de transportes já existentes aumentam os gastos. Hoje o produtor gasta em média US$ 15 por tonelada de grão, quase US$ 1 por saca, além do frete e impostos. Se a BR for construída vamos chegar de maneira mais fácil e barata até a Europa, Estados Unidos e Ásia”, disparou.
Antonio disse ainda que atravessar as Cordilheira dos Andes, hoje é muito caro e com a ampliação da BR 163 esse escoamento pode ser feito pela Bacia do Plata, porque aproximadamente 3/4 dos produtores do Estado escoam pela via de Santarém e isso significa uma economia de US$ 20 por tonelada de grão.
Além desses assuntos foi colocada em questão a reativação da Hidrovia Paraguai/Argentina, esse é um projeto que por enquanto está no papel, mas sua concretização traria maior comunicação entre Mato Grosso e o exterior.