O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, voltou a dizer nesta sexta-feira, em evento em São Paulo que a PEC 241 não limita gastos com Saúde e com Educação e ainda garante que o mínimo constitucional dessas duas áreas serão corrigidas pela inflação.
‘Mas no Congresso, os senadores e deputados sempre poderão realocar uma parcela maior do Orçamento para as áreas de Saúde e Educação. Só que eles terão que fazer escolhas. Não dá mais para tentar resolver os problemas da sociedade aprovando um orçamento inflado, que depois exige aumento de carga tributária’, afirmou.
Por isso, de acordo com Mansueto, a melhor forma de se fazer ajuste fiscal é essa proposta do governo de fazer algo gradual. ‘Isso será um desafio muito grande porque o setor público brasileiro nos últimos 20 anos não aprendeu e não se preparou para trabalhar com a eficiência.’
Para tanto, disse, será preciso uma mudança de postura do setor público e a revisão de programas que não funcionam. O secretário disse que, se o governo resolvesse cortar todos os investimentos dele, economizaria R$ 55 bilhões, de um déficit que é de R$ 170,5 bilhões. ‘Mesmo decidisse parar de investir, ele não conseguiria ter sua conta no azul, não conseguiria ter sua conta superavitária. Então a gente vai ter que mudar as regras. E a PEC 241 é algo essencial para essa mudança’, afirmou
Depois, de acordo com Mansueto, virá a reforma da Previdência Social, que é muito necessária e difícil.