A direção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a empresa Alupar Investimento não poderá deixar o Consórcio Energético Sinop (CES), formado em parceria com a Eletrobrás, até o dia 17 de fevereiro do próximo ano. Nesta data está prevista a assinatura da outorga do Leilão de Energia A-5, que foi realizado na quinta-feira (29).
Segundo as regras impostas pela agência, caso haja qualquer mudança no grupo que venceu o leilão da Usina Hidrelétrica Sinop, até aquela data, o consórcio será considerado desistente e, consequentemente, o segundo colocado do leilão poderá assumir o projeto. A direção da Aneel apontou que a vencedora do certame foi o consórcio formado pela Alupar (51%) e companhias controladas pela Eletrobrás (49%). “Quem ganhou o leilão foi o Consórcio Energético Sinop. Então vamos avaliar a habilitação do CES”, disse o diretor da Aneel, André Pepitone, a Agência Estado.
Conforme Só Notícias já informou, a Alupar informou a desistência do certame pouco antes do início do processo. A motivação não foi revelada. O projeto em Mato Grosso demandará investimentos de R$ 1,777 bilhão. O preço médio da energia a ser gerada pela Usina Hidrelétrica (UHE) Sinop ficou em R$ 109,40 por megawatt-hora (Mwh), aponta a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O valor representa um deságio de 7,3% em relação ao preço-teto estabelecido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), de R$ 118 por Mwh.
A usina de Sinop tem capacidade instalada para gerar aproximadamente 400 megawatt. De acordo com estudo apresentando pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a área utilizada pra construção da usina de Sinop, tanto para obra em si com a barragem, será de 33,7 mil hectares, sendo que 30,3 mil hectares inundados (incluído áreas produtivas). Além de Sinop, o reservatório da usina abrangerá também os municípios de Sorriso, Itaúba, Cláudia e Ipiranga do Norte.