De acordo com matéria públicada no jornal A Gazeta, hoje, a Sadia poderá adiar o investimento de R$ 1,3 bilhão que já foi anunciado para implantar duas indústrias de aves em Mato Grosso, uma delas em Lucas do Rio Verde. Embora a empresa nada tenha confirmado, a situação se complicou depois que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou ontem no diário oficial da União o projeto de Instrução Normativa que aprova o Plano Nacional de Prevenção da Gripe Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle.
Durante 30 dias a proposta ficará submetida a consulta pública. A previsão é que até o fim de abril a portaria seja sancionada. Sem essa normatização do setor, a Sadia terá que adiar o projeto. A regulamentação não acontecerá antes devido ao tempo necessário para avaliação das sugestões de alteração no projeto.
De acordo com informações da assessoria de imprensa da Sadia, sem a existência de regras para o controle sanitário das aves a empresa poderá contingenciar novos investimentos no país, o que inclui os empreendimentos de Campo Verde e Lucas do Rio Verde. A empresa não confirma se com a publicação do plano de prevenção às doenças do governo federal vai agilizar os investimentos.
O programa de controle prevê maior fiscalização sobre o trânsito de animais entre as unidades da federação. O transporte interestadual de esterco, cama de aviário e resíduos de incubatórios será proibido, conforme o texto atual da portaria. Para o membro do Comitê Permanente de Avicultura da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e diretor do Anhambi-Oeste, Aléssio Vilson di Domenico, as regras deverão trazer mais segurança aos criadores de aves, garantindo a sanidade animal.