Uma equipe de profissionais liberais, professores universitários, doutores e pesquisadores participaram da 1ª Expedição Técnica/Científica Rota Pantanal Pacífico, que percorreu 7 mil quilômetros em quatro países, Brasil, Bolívia, Perú e Chile. O projeto foi aprovado e financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). A proposta é melhorar a relação de fronteira e integrar a América do Sul por meio dos setores de Turismo, Cultura e Meio Ambiente.
Durante a viagem, foram levantados dados estratégicos, turísticos, econômicos, geográficos e de imagens. Conforme a presidente do Instituto Pantanal Pacífico (IPP), Val Carvalho, eles formaram uma base de informações para apoio aos projetos futuros da Rota Pantanal Pacífico. A expedição foi organizada pelo Instituto Pantanal Pacífico (uma organização social, criada em 2006) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Para a parte acadêmica o interesse é criar uma rede de cooperação técnica entre as universidades brasileiras, mais especificamente neste momento, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Nessa primeira expedição foi possível abrir caminhos para intercâmbio de produção técnico-científica com universidades do Peru e da Bolívia, entre outros contatos.
Os registros, documentação e divulgação de todas as etapas da expedição vão resultar nos seguintes produtos: (1) Registro das etapas do estudo (fotográfico, filmagem, impresso, digital); (2) Relatório Técnico do Estudo de Viabilidade da implementação da Rota Turística Internacional Pantanal – Pacífico; (3) Divulgação através da realização de uma dissertação de mestrado.
No roteiro Pantanal/Pacífico, o turista poderá conhecer o Pantanal, ecossistema com cerca de 230 mil quilômetros quadrados, situado no Sul de Mato Grosso e no Noroeste de Mato Grosso do Sul, as Missões Chiquitanas, cuja origem é do século XVII, quando foram instituídas as missões jesuítas, chamadas de Reducciones, nas colônias espanholas; o Lago Titicaca, que é navegável e considerado o mais alto do mundo e o segundo em extensão da América Latina; a Cordilheira dos Andes, uma vasta cadeia montanhosa formada por um sistema contínuo de montanhas ao longo da costa ocidental da América; o Vale Sagrado dos Incas “cidade perdida dos Incas”, onde está localizada Machu Picchu, símbolo típico do Império Inca; o deserto do Atacama, o mais alto e árido do mundo; as praias do Pacífico, cuja maior parte são frias e de areias negras; e as belezas do norte da Argentina, com paisagens exuberantes, propícias para turismo aventura.
“Todo o trabalho é desenvolvido com o intuito de transformar a Rota Pantanal Pacífico no maior complexo de rotas turísticos e destinos do mundo”, destacou Val Carvalho, presidente do IPP.
A secretária-adjunta de Desenvolvimento do Turismo de Mato Grosso, Vanice Marques, reconhece a importância desse roteiro para o turismo mato-grossense e brasileiro. Será uma ligação direta com os países vizinhos, atualmente o setor do turismo de Mato Grosso não tem ligação com a fronteira internacional. Para o Estado ainda representa a vantagem de atrair turistas que visitam o Peru, oferecendo opções diferenciadas, como o pantanal, e riquezas naturais da Amazônia.
Diversas ações estão previstas pelo IPP. De acordo com a presidente do Instituto, em agosto a Rota Pantanal Pacífico será divulgada na Expocruz, em Santa Cruz de La Sierra (BO). Na ocasião será lançada a 1ª edição do material publicitário do roteiro. As camisetas e todos os produtos serão lançados em duas línguas. A colocação do estande já foi acertada com a Câmara de Indústria, Comércio, Serviço e Turismo de Santa Cruz-Bolívia.
Está programado para ocorrer em Cuiabá, no mês de novembro, o 4º Fromtur, um evento internacional organizado pelo Ministério do Turismo.