As pedras que são retiradas de áreas de garimpo, que eram jogadas fora, estão recebendo tratamento e transformadas em anéis, colares, brincos e braceletes. O projeto é piloto no Estado e tem atraído o comércio por turistas de vários países que visitam Mato Grosso. A iniciativa partiu de moradores de Poxoréu (206 km de Cuiabá) e o objetivo é criar um Arranjo Produtivo Local (APL) de Gemas Preciosas dos Garimpos e buscam apoio da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia, nos moldes como a APL já é realizada em alguns setores, como no moveleiro no Nortão.
Esses objetos que não tinham valor passaram a ser comercializados entre R$ 100 e R$ 500 e os preços tendem a aumentar. O trabalho é feito por alunos da Oficina de Lapidação de Pedras Preciosas de Poxoréu em módulos. Serão oito e seis já estão prontos. “Os pingentes são feitos das pedras, mas os cordões podem variar, tendo como matéria-prima o couro, a prata e o ouro. Essas pedras são classificadas como jaspe, ágape, ônix e opala”, declarou Osmar do Nascimento, que além de aluno é engenheiro agrônomo.
Osmar explica que os preços das joias estão em conta porque os alunos ganham suporte do Governo do Estado por meio da Sicme, após o término da capacitação os valores chegarão a R$ 1.500 ou mais. Como o a primeira turma não concluiu o aprimoramento, os alunos ainda não podem exportar as joias.
Este ano mais uma nova turma foi aberta com 30 participantes de Poxoréu. Eles estão aprendendo sobre toda a cadeia produtiva das joias com sobras de garimpos.