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Rendimento médio dos trabalhadores cresce pela primeira vez em 7 anos

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O rendimento médio dos assalariados aumentou 1,4% em outubro, na comparação com o mês anterior, nas sete regiões metropolitanas onde é feita a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os ocupados tiveram aumento real de salário de 2%, segundo dados divulgados hoje (23). Entre outubro de 2009 e outubro deste ano, o rendimento cresceu 9,1% para os ocupados e 6,3% para os assalariados.

De acordo com as definições do Dieese e o Seade, ocupadas são todas as pessoas que estão trabalhando, em qualquer que seja a função, por conta própria ou contratados. Os assalariados são aqueles que trabalham para alguém ou alguma empresa com ou sem carteira assinada, mas que têm rendimentos garantidos pelo empregador.

A PED é feita em São Paulo, Porto Alegre, Distrito Federal, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza. Segundo o coordenador da PED pelo Seade, Alexandre Loloian, esta é a primeira vez que se observa crescimento da massa salarial em todas as regiões, embora a ocupação venha crescendo consecutivamente.

Na região metropolitana de São Paulo, o rendimento teve elevação de 4,1% para os ocupados e 3,5% para os assalariados. A massa de rendimentos dos ocupados cresceu 5,6% e a dos assalariados, 6,2%. Entre outubro de 2009 e outubro de 2010, a elevação do rendimento dos ocupados foi de 13% e dos assalariados de 9,7%. A massa de rendimentos dos ocupados cresceu 17,7% e do assalariados, 15,2%.

"Esse é um fato altamente positivo. O rendimento não recuperou os níveis de poder de compra da década de 80, mas os aumentos que estão mostrando melhoria no mercado de trabalho. Passamos sete anos reduzindo o desemprego, melhorando a qualidade do emprego e o rendimento não saía do lugar", disse Loloian. Segundo ele, o aumento dos rendimentos, de maneira geral, devem-se à política econômica e social, que melhorou a distribuição de renda e a qualidade de vida.

De acordo com a PED, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo passou de 10,9% em outubro para 10,7% em novembro. O número de desempregados foi de 1,1 milhão de pessoas, 24 mil a menos do que no mês anterior, resultado que se deve à redução da População Economicamente Ativa (PEA), que caiu para 23 mil pessoas, e ao nível de ocupação, estimado em 9.595 mil pessoas.

O desemprego na região metropolitana de São Paulo também apresentou redução quando comparado com novembro do ano passado, à época de 12,8%. O contingente de desempregados caiu em 207 mil, com geração de 347 mil postos de trabalho, número maior do que o de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho, de 140 mil.

No conjunto das sete regiões pesquisadas em novembro, o total de desempregados foi estimado em 2,35 milhões de pessoas, 45 mil a menos do que no mês anterior. Em novembro, houve a criação de 12 mil vagas e a saída de 32 mil pessoas da PEA. O total de ocupados nas sete regiões foi estimado em 19,8 milhões e a PEA, em 22,1 milhões.

 

 

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