quinta-feira, 19/setembro/2024
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Renda do trabalhador de Mato Grosso cresce 34%

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O rendimento médio mensal das pessoas economicamente ativas em Mato Grosso cresceu 34,4% em 2008, na comparação com o ano anterior, passando de R$ 804 para R$ 1,081 mil. A cifra corresponde a pessoas com mais de 10 anos de idade, e inclui homens e mulheres nos ambientes urbano e rural. No que se refere ao número de trabalhadores (com as mesmas ressalvas), o percentual de crescimento foi de 3% na variação anual. Em 2007 foram contabilizados 1,565 milhão de pessoas economicamente ativas e no ano seguinte saltou para 1,612 milhão. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Estratificando os números mato-grossenses verifica-se uma acentuada diferença entre os salários pagos aos trabalhadores situados na cidade e no campo, cujo principal motivo é o grau de escolaridade da mão-de-obra contratada. Na área urbana, o rendimento médio teve o valor ampliado em 33,3%, passando de R$ 908 para R$ 1,211 mil. Já no campo, o incremento foi de 13%, saltando de R$ 514 e R$ 583.

No que se refere à quantidade de pessoas economicamente ativas, conforme a Pnad haviam 1,565 milhão de pessoas no Estado em 2007. No ano seguinte esse número passou para 1,612 milhão, alta de 3%. No ambiente urbano, este número passou de 1,153 milhão, para 1,278 milhão, aumento de 10,8%. E no ambiente rural, a quantidade de pessoas ativas economicamente caiu, baixando de 412 mil em 2007 para 334 mil no ano seguinte, queda de 18,9%.

Para o economista e consultor licenciado da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em Mato Grosso, Vivaldo Lopes, os números positivos são resultado de um ano de crescimento econômico vivenciado pelo Estado em 2008. “Os dados preliminares indicam, até agora, que o ano de 2008 será o melhor da década”, avalia ao considerar os anos 2000 a 2009. Ele conta que em 2005 e 2006 o Estado enfrentou uma crise de liquidez de crédito, e começou a se recuperar em 2007.

Naquele ano, lembra Lopes, o preço das commodities no mercado internacional estava elevado, havia investimentos aportados em Mato Grosso o que demandou maior contratação de pessoas, cujos reflexos foram sentidos ao longo de 2008. E como efeito de tanta movimentação positiva na economia, segundo Lopes, o rendimento médio dos trabalhadores aumenta. “Nem mesmo a crise de crédito mundial, que se alastrou pelo mundo a partir de outubro do ano passado, motivou uma retração econômica no ano de 2008. Todos os índices como emprego, massa salarial, valor bruto da produção, renda agrícola, arrecadação de tributos e investimentos foram positivos”.

Para o ano de 2009, o economista adianta que os números não serão tão positivos quanto em 2008. Ele explica que, como o reflexo apareceu no primeiro trimestre deste ano, o desempenho não será tão expressivos como ocorreu no ano anterior.

Gêneros- Os dados da Pnad mostram uma discrepância entre o rendimento médio de homens e mulheres. Conforme a pesquisa, em 2008 no ambiente urbano, a remuneração dos trabalhadores do sexo masculino foi de R$ 1,450 mil, enquanto que a do sexo feminino foi de R$ 869, uma diferença de 66,8%. Vivaldo Lopes explica que a cultura de se pagar mais pelo trabalho dos homens ainda prevalece e que será modificada somente a médio e longo prazo, quando haverá um equilíbrio salarial entre os sexos. Brasil – O presidente do IBGE, Eduardo Nunes, diz que os dados mostram “um retrato de uma economia bastante forte”. Como exemplo, ele cita que o número de ocupados no país somou 92,4 milhões de pessoas em 2008, alta de 2,8% sobre 2007. O percentual de trabalhadores com carteira assinada no total de ocupados passou de 33,1% em 2007 para 34,5% no ano passado.

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