Este é o momento mais adequado para se fazer a reforma tributária. O que se espera da reforma tributária é que haja uma simplificação da estrutura tributária, com a redução do número de tributos.
Ela vai criar condições favoráveis para a desoneração da folha de pagamento, das exportações, dos investimentos, como a eliminação de distorções que são causadas pela guerra fiscal, e substituí-la por uma política racional de estímulo com créditos e infraestrutura, uma política de desenvolvimento regional”.
Com a reforma tributária, o crescimento econômico brasileiro poderia ser 10% superior ao que se tem hoje. “Se o crescimento, hoje, por exemplo, é de 5%, ele seria de 5,5%”. As afirmações foram feitas pelo ministro da Fzaenda, Guido Mantega, na cerimônia de apresentação da proposta de reforma tributária aos empresários, no Palácio do Planalto.
Segundo Mantega, essa é a reforma econômica mais importante que se poderia fazer nos dias de hoje. “Ela tornaria o crescimento brasileiro mais sustentável. Nos permitiria entrar num outro ciclo de desenvolvimento que já está em vigor no Brasil”.
Mantega disse que o acúmulo de reservas externas, de moeda estrangeira, foi muito importante para esse ciclo, desmontando as críticas feitas quando o governo tomou essa decisão, embora reconheça que ela traz um custo ao país.
“ Por termos essas reservas, por termos uma situação mais sólida, isso diminui o risco-país e portanto diminui o custo de captação de recursos do setor privado, pois os empresários conseguem taxas de juros menores, e de rolagem da dívida externa brasileira. Há muito tempo que não se via o país tão tranqüilo diante de uma crise”.
O ministro disse que esse cenário fez aumentar a demanda interna e, conseqüentemente, a oferta, “puxando” o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – para cima. Para Mantega, esses são os fatores que caracterizam o momento atual como o melhor para uma reforma tributária.