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Receita do setor de serviços acumula queda de 2,6% no ano

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O setor de serviços manteve a  sequência de resultados negativos que vêm se verificando em 2015, ao fechar o mês de agosto com retração de 3,5% em comparação a agosto do ano passado. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE). Com a retração de agosto, a PMS fecha os primeiros oito meses do ano com retração acumulada de 2,6%, enquanto a taxa anualizada (acumulado dos últimos 12 meses) fechou em -1,1%.

Com relação à receita nominal, os dados divulgados pelo IBGE indicam que houve crescimento de 1% entre agosto de 2014 e agosto de 2015. No ano (de janeiro a agosto), a receita nominal cresceu 2,1%, enquanto a taxa anualizada fechou com expansão de 3%.

Nos primeiros 12 meses do ano, o único resultado positivo do setor de serviços foi registrado em março, quando o indicador fechou com expansão de 2,3%. Apesar da queda verificado em agosto, o desempenho foi ligeiramente melhor do que a taxa de julho, quando a queda chegou a 4,2%, embora tenha superado a de junho (-2,2%).

Segundo o IBGE, na comparação com agosto de 2014, apenas o setor de serviços de informação e comunicação apresentou crescimento (0,2%). As variações negativas, por segmento, foram puxadas pelo desempenho dos serviços prestados às famílias, onde a queda chegou a 8,2%, e dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-5,2%); transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-4,4%) e outros serviços (-12,5%). O agregado especial das atividades turísticas registrou crescimento de 0,1%.

Nessa mesma comparação (agosto 2014/agosto 2015), o crescimento de 1% relativo à receita nominal configura-se como a segunda menor taxa da série histórica, iniciada em 2012. A menor ocorreu em fevereiro de 2015 (0,9%). 

O IBGE esclareceu que esta foi a primeira vez que a PMS teve divulgados os índices de volume, a desagregação da atividade de serviços de tecnologia da informação e comunicação – TIC em duas novas séries: tTelecomunicações e serviços de tecnologia da informação, e o índice de atividades turísticas (Iatur).

Serviços às famílias

A retração de 8,2% no segmento serviços prestados às famílias verificado em agosto, comparativamente a agosto do ano passado, foi a segunda maior queda da série iniciada em janeiro de 2012. A maior queda é a registrada em maio deste ano: 9,1%. Em julho, a retração do segmento família foi 1,9% e, em junho, 2,6%, mantendo a série constante de variações negativas a partir de maio de 2014.

Com o resultado, a variação acumulada no ano para o setor ficou em -4,8%, com a taxa dos últimos 12 meses registrando queda de 4,3%. Os serviços de alojamento e alimentação e outros serviços prestados às famílias apresentaram retração de 8,7% e 5,2%, respectivamente.

Os serviços de informação e comunicação registraram crescimento no volume de serviços de 0,2% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra -0,2% em julho e -0,8% em junho. Com o resultado, a variação acumulada no ano ficou em 1,2% e em 12 meses, 1,7%.

O segmento serviços profissionais, administrativos e complementares apresentou queda de 5,2% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2014. Em julho, a queda havia sido 3,9% e em junho, 1,3%.  Com isso, a variação de volume acumulada no ano ficou em -2,4% e no acumulado dos últimos 12 meses, -1%.

Os dados de agosto da Pesquisa Mensal de Serviços indicam, do ponto de vista regional, que na comparação de agosto de 2015 com agosto de 2014 apenas em seis unidades da Federação houve variações positivas no volume dos serviços. O destaque foi Rondônia, com crescimento de 9,6%, seguido de Roraima, com 5,7%, Mato Grosso (3,8%), Mato Grosso do Sul (3,3%), do Rio Grande do Norte (2,6%) e o Distrito Federal (2,1%). As maiores variações negativas de volume foram observadas no Amapá (-14,2%), no Maranhão (-12,2%) e em Sergipe (-7,8%).

São Paulo, maior parque fabril do país, fechou agosto com queda de 4%, em Minas Gerais a retração foi 5,2%, no Rio de Janeiro, -2,2%) e no Rio Grande do Sul, 3,9%.

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