O número de falências decretadas no país em 2009 foi de 908, o menor desde junho de 2005, quando entrou em vigor a nova Lei de Falências. A informação é da empresa de consultoria do setor privado Serasa Experian.
Segundo nota divulgada hoje (7) pela Serasa, 91,5% (831) dos processos envolvem micro e pequenas empresas. Embora alto, esse percentual é o menor dos últimos 4 anos. Em 2008, do total de falência, 92,2% eram de micro e pequenas; em 2007, foram 95,5%; em 2006, 95,2% e em 2005, 97,7%. O volume restante dos pedidos de falência concedidos, é de 58 para o grupo das empresas de tamanho médio, o que representa um aumento na comparação com 2008 (52) e de 19 para as grandes empresas, também com acréscimo sobre o ano anterior (17).
De acordo com a análise técnica da Serasa, as empresas de médio e grande portes “sofreram mais com a crise [financeira internacional deflagrada em setembro de 2008], em razão da recessão dos mercados internacionais e da valorização do real”.
A pesquisa indica que aumentaram os pedidos de falência, totalizando 2.371 ante 2.243, em 2008 e 2.721, em 2007. Desse total, l.512 são de micro e pequenas empresas ante l.622, em 2008 e 2.070, em 2007. No caso de médias empresas foram 546 contra 427, em 2008 e 461, em 2007. Os pedidos das grandes empresas somaram 313, bem acima do total do ano passado (194) e o de 2007 (190).
Esses requerimentos, segundo a Serasa, serviram de instrumento de cobrança em consequência das incertezas sobre os desdobramentos da crise e também em razão das dificuldades de acesso ao crédito. Também foi expressiva a elevação nos pedidos de recuperação judicial, somando 670 pedidos contra 365.
Para este ano, as projeções da área econômica da Serasa são de recuperação do crédito com mais prazo e custo menor, o que, conforme a análise, levará à queda tanto dos pedidos de recuperação quanto dos de falências.