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Quarentena obrigatória não diminui infecção do Covid mas aumenta desemprego em MT, aponta Fecomércio

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Redação Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O efeito Covid-19 na vida dos brasileiros forçou prefeitos e governadores de todo o país a tomarem decisões que afetam a economia. O reflexo disso pode ser visto no derretimento de vagas de trabalho. Em Mato Grosso, as decisões tomadas pelos poderes, como fechamento de lojas consideradas não essenciais, frearam a geração de emprego já no mês de março. Desde então, o estado acumula um saldo de -1.978 postos de trabalho encerrados, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Somente em Cuiabá, onde o prefeito decretou fechamento do comércio em abril, houve um saldo de -3.346 empregos perdidos. No mês seguinte, já com o afrouxamento das medidas no comércio, o saldo, apesar de ainda negativo, foi menor (-644).

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso, José Wenceslau de Souza Júnior, lamenta as decisões tomadas pelos gestores públicos e acrescenta que a falta de diálogo com as entidades de classe não favoreceu em nada a manutenção dos empregos no estado. “Muitas das decisões foram tomadas na hora errada e, inclusive, sem consultar os representantes sobre o que estávamos já fazendo para minimizar o contágio da doença. Tudo para preservar o maior número de empresas e, consequentemente, de empregos”, ressaltou, através da assessoria.

Com a decisão de fechar o comércio novamente, assim como em outras regiões do estado, observou-se um salto no número de casos da doença, que já se ultrapassa os 32 mil, segundo os números disponibilizados pela secretaria estadual de Saúde. Somente nos primeiros 15 dias deste mês, houve aumento de 75,5% no número de casos, de 17.401 no dia 1º para 30.536 casos até o dia 15

A região Centro-Oeste, também nos cinco primeiros meses do ano, já acumula um saldo negativo de -34.245 vagas de trabalho. Distrito Federal lidera no saldo de postos de trabalho que deixaram de existir (-23.684), seguido de Goiás (-7.268), Mato Grosso do Sul (-3.177) e, por último, Mato Grosso (-1.978).

No mês de abril, foi registrado o pior desempenho para todos os estados da região. Em Mato Grosso, houve, no período, 14.700 admissões contra 27.100 desligamentos, totalizando um saldo negativo de 12.400 empregos perdidos.

A nível nacional, os cinco primeiros meses de 2020, já acumulam um saldo de 1,14 milhões de empregos perdidos. Os mais afetados foram trabalhadores do setor do comércio (-446.584), de serviços (-442.580), seguidos da indústria geral (-236.410) e da construção (-44.647). Apenas a agricultura se manteve com saldo positivo no período (25.430). As informações são da assessoria.

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