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Quadrilhas usam base de dados da Receita Federal para cometer fraudes

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Oito pessoas foram detidas hoje (12) por fraudar as bases de dados da Receita Federal e obter números do CPF. Os números, segundo a Polícia Federal em Pernambuco, eram usados em aberturas de empresas, empréstimos bancários e outras ações ilegais.

Os mandados são preventivos e foram cumpridos pela Polícia Federal como parte da uma operação denominada Alter Ego, deflagrada nesta manhã. A operação ocorreu simultaneamente em Pernambuco, no Pará, em Minas Gerais, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Além das prisões, foram cumpridos 17 mandados de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão.  

A PF informa que participaram das ações 110 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal. As investigações começaram em 2012 com a Receita Federal. Na época, constatou-se um início de fraude com a participação de servidores e empregados dos Correios, entidade conveniada para inserção e alteração de CPFs.

Há pouco mais de um ano, a PF, em conjunto com o Escritório de Corregedoria da Receita, reuniu provas da existência de, pelo menos, três quadrilhas especializadas na atividade criminosa. Os principais crimes investigados são de inserção e alteração de dados falsos em sistemas informatizados públicos, corrupção passiva e corrupção ativa, além de lavagem de dinheiro e associação criminosa. As penas podem chegar, de acordo com a PF, a 12 anos de detenção.

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