A paralisação dos caminhoneiros nas estradas pelas quais é escoada a produção de aves e suínos da Região Sul do país gerou prejuízo de cerca de R$ 700 milhões. A previsão foi divulgada hoje (3) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
De acordo com a ABPA, a Região Sul, que é a maior produtora de aves e suínos do país, teve 70% de sua capacidade de abate afetada pelo movimento dos caminhoneiros, principalmente na segunda-feira e na sexta-feira da semana passada, os dias mais graves de bloqueio nas estradas. Desde o início do protesto, no dia 21 de fevereiro, cerca de 60 unidades frigoríficas tiveram desaceleração ou suspensão total da produção. Algumas delas retomaram a produção, informou a associação.
“Tivemos conhecimento de planta que suspendeu o abate nesta segunda-feira (2). Outras estão receosas de retomar as atividades e enfrentar nova paralisação, que é mais oneroso do que manter a planta suspensa. Soubemos de problemas que exportadores estão enfrentando em portos. Estamos em estado de alerta, mesmo com a redução do número de bloqueios pelo país”, disse o presidente executivo da associação, Francisco Turra.
Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que hoje, um dia após a presidenta Dilma Rousseff ter sancionado a Lei dos Caminhoneiros, houve redução no número de interdições nas rodovias federais do país, desde o início do movimento. Por volta do meio-dia, informou a nota, havia apenas cinco pontos parciais de interdição nas cidades gaúchas de Três de Maio (BR-472), Três Passos (BR-468), Cachoeira do Sul (BR-153), Frederico Westphalen (BR-386) e Palmeira das Missões (BR-468).