Mais de 4 mil trabalhadores são esperados daqui a pouco em frente ao Ibama em Sinop para a realização do ‘panelaço’- protesto contra a lentidão na liberação de planos de manejo para madeireiras extrairem matéria prima. A falta de estrutura do órgão está causando muitos prejuízos para as empresas, que estão tendo que tomar medidas drásticas para não fechar as portas. Dentre as conseqüências estão as milhares de demissões estão sendo feitas em toda a região. Nos meses de junho e julho foram mais de duas só em Sinop.
O protesto deve começar por volta das 08:00hs. O Siticom não previu quanto tempo deve durar. Cerca de 14 ônibus estão transportando os trabalhadores das empresas até a sede da Gerência do Ibama onde foi organizada uma estrutura com banheiros e barracas para receber os manifestantes.
O Sindusmad – Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso – também decretou luto oficial no setor. Conforme Só Notícias antecipou, as mais de 280 indústrias madeireira ficarão fechadas hoje e os funcionários estão liberados para participar do protesto. “O setor vai se engajar nesse momento e estamos apoiando integralmente a luta do Siticom, que está compreendo o difícil momento que as indústrias madeireiras atravessam”, ressaltou o presidente do sindicato, Jaldes Langer.
Além do movimento realizado no município, também vão ocorrer duas audiências para tratar sobre as questões do setor. O prefeito Nilson Leitão e lideranças do setor madeireiro, se reunirão em Cuiabá com o governador Blairo Maggi, o deputado Dilceu Dal Bosco e o secretário Baiano Filho para buscar soluções em curto prazo para a crise.
O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT), Nereu Pasini e presidentes de federações de outros Estados irão para Brasília onde terão uma audiência com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, onde apresentarão um documento retratando a falta de estrutura do Ibama para atender o setor.