Municípios de Mato Grosso podem melhorar a coleta seletiva do lixo orgânico e inorgânico, aproveitando os resíduos para a produção de energia, tijolos para calçadas, adubo, entre outros produtos, por meio dos consórcios intermunicipais de desenvolvimento econômico e sócioambiental. A proposta de uso de tecnologia avançada para implantação de usinas de triagem e compostagem de dejetos foi apresentada a prefeitos, na última sexta-feira, na Secretaria de Projetos Estratégicos.
Os empresários italianos Renato Cudin e Paulo Rebai apresentaram a experiência de prefeituras italianas que se uniram em consórcios para fazer a coleta e dar destino correto ao lixo com a geração de emprego. E sem prejudicar o meio ambiente. A usina de lixo é um conjunto de máquinas (esteira rolante, eletroímãs, peneiras) e funcionários que separam da massa principal de lixo, que será transformada em adubo, os objetos recicláveis. “Do lixo, criamos várias alternativas para se produzir”, disse Rebai.
A geração de energia a partir do lixo, explicou ele, é uma fonte elétrica ecologicamente correta. Porém, transformar lixo em energia requer tecnologia. Uma tonelada de lixo, por exemplo, produz 410 Kwh de energia. Já um Município pequeno, produz, em média 10 toneladas de lixo por dia. “O lixo faz parte do nosso dia-a-dia e é um problema que só pode ser resolvido de forma coletiva”, comentou Rebai ao apresentar o projeto da empresa aos prefeitos e ao secretário de Projetos Estratégicos, Clóves Vettorato.
O projeto da Promeco de se criar usinas de triagem e compostagem de lixo será apresentado aos consórcios intermunicipais já formados. “É uma experiência viável para os municípios por meio dos consórcios”, disse o prefeito de São José dos Quatro Marcos e presidente do consórcio Nascentes do Pantanal, Antônio de Andrade Junqueira.