A Federação das Indústrias de Mato Grosso – FIEMT- solicitou ontem do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) que seja criada uma Câmara Técnica para resolver os principais problemas das indústrias madeireiras do Nortão e de outras regiões mato-grossenses. Basicamente, a câmara concentraria suas ações nas análises dos planos de manejo sustentável e nas ATPFs.
O setor madeireiro reclama da morosidade no Ibama, que estaria causando muitos prejuízos, em analisar os planos de manejo (onde cada madeireira pede autorização para retirar árvores de uma determinada área e aponta as que estão próprias para o abate). Sem eles, os madeireiros não podem extrair matéria prima. “Esta Câmara Técnica eliminará 80% dos problemas envolvendo os planos de manejo. A análise e as liberações serão mais rapidamente. É justamente isso que o setor madeireiro quer”, disse o presidente da Fiemt, Nereu Pasini.
Outra reivindicação é que o Ibama deixe de colocar nas ATPFs ( guias usadas para transportar madeira bruta ou serrada) data de vencimento. “Tem meses que as indústrias gastam mais e em outros gastam menos e acabam sendo obrigadas a devolver as guias porque há prazos vencimento”, acrescentou Pasini. O diretor da Fiemt, Sidnei Bellincanta, disse que as ATPFs fez um comparativo dizendo que as guias devem ser como talões de cheques.
A federação cobrou ainda do Ibama que o órgão autorize que o pagamento da taxa de reposição florestal seja feito em 6 vezes. Hoje é feito em uma única parcela. A cobrança é anual e varia de uma indústria para outra.
O presidente da Fiemt, o presidente do Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso), Jaldes Langer, o vice, Sidnei Bellincanta e presidentes de outros sindicatos madeireiros reuniram-se, na federação, com o superintendente do Ibama, Hugo Werle. “Creio que o encontro foi produtivo. Formalizaremos estas propostas na próxima semana e vamos intermediar uma aproximação maior do setor com o Ibama. O diálogo tem que prevalecer”, afirmou Pasini, em entrevista ao Só Notícias.
O presidente da Fiemt disse que é preciso uma aproximação maior também dos sindicatos com as lideranças políticas mato-grossenses aliadas do Governo Federal para ajudem a buscar soluções para os problemas do setor madeireiro.