Agricultores nas regiões Norte e Médio Norte debateram, em Santa Rita do Trivelato (110 km de Nova Mutum), durante audiência pública, a pavimentação da MT-140, no trecho que liga Planalto da Serra a Trivelato, passando pelo distrito Boa Esperança, em Sorriso. Eles sugeriram a redução de 60 para 38 km da estrada que dá acesso a Boa Esperança, o que facilitaria o escoamento da produção de grãos da região.
De acordo com o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Savi (PR), além de facilitar o escoamento da produção, a pavimentação asfáltica mudará uma triste realidade encarada pelos motoristas que trafegam pela MT-140 o ano inteiro que são os buracos e atoleiros, que além de provocar acidentes, provoca o congestionamento de veículos. “A situação da MT-140 não é um caso isolado. Temos consciência que existem estradas em condições semelhantes, mas estamos trabalhando para dar uma solução e, infelizmente, isso é feito por etapa, já que dependemos do apoio do governo do Estado”, disse Savi, ao destacar que o asfaltamento da 140 e o encurtamento é esperado desde 2007.
O prefeito de Trivelato, Hugo Garcia, reforçou que os municípios da região têm buscado o apoio das autoridades políticas de Mato Grosso para concretizar o que eles consideram um sonho. “Essa audiência é um marco histórico para que o nosso pleito chegue ao governador Silval Barbosa”, completou Garcia, ao enfatizar que a pavimentação da rodovia representa uma economia de 250 quilômetros para quem segue para Rondonópolis.
A audiência em Trivelato foi organizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), entidade que defende assiduamente essa questão. Segundo o presidente Carlos Fávaro, se continuar como está o produtor não terá mais condições de escoar sua produção. “O preço internacional dos grãos não está ruim, ocorre que não temos logística”, argumentou o presidente ao destacar que cabe ao Governo Estadual financiar a obra e liberar as licenças ambiental e indígena, já que o os projetos estão sendo financiados pela Aprosoja. Para Fávaro, “o Governo insiste em atrapalhar o desenvolvimento”.
Mato Grosso produz hoje, 45 milhões de toneladas/ano de grãos, plantandos em 8 milhões de hectares.