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Produtores e indústrias discutem alterações no Pesoja com a Conab amanhã

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A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT) e a Associação Brasileira das Indústrias de óleos Vegetais (Abiove) se reúnem amanhã com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para discutir alterações no Prêmio de Equalização de Preços da Soja (Pesoja). O encontro acontece às 9h, em Brasília.

Segundo produtores e indústria, algumas regras postas no edital estão inviabilizando os leilões. Uma delas é a data de comprovação do escoamento de produção. “De acordo com o edital, a trading tem que comprovar o escoamento do produto após o leilão. No entanto, por falta de infra-estrutura de armazenagem as indústrias já escoaram boa parte da soja a fixar para receber a próxima safra”, explica o presidente da Aprosoja/MT, Rui Prado. Em ofício encaminhado à Conab e ao Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa), na semana passada, a entidade sugere que a data limite seja alterada para 1º. de fevereiro.

O documento também questiona a data para pagamento do prêmio. A entidade solicitou que o Governo Federal analise a possibilidade de que o valor seja pago imediatamente ou que a trading esteja autorizada a repassar o prêmio ao produtor apenas no momento em que receber o montante da União. “Outra alternativa para esse impasse é que o governo crie títulos negociáveis para que o produtor use esse papéis para quitar dívidas”, esclarece Prado.

Para os produtores, a inviabilidade do mecanismo é confirmada pela baixa procura observada nos leilões. O último Pesoja, ocorrido em 26 de julho, comercializou apenas 34,51% dos contratos. “Esse número demonstra as dificuldades que as tradings vêm tendo para participar dos leilões”, destaca o produtor em Lucas do Rio Verde, Ronaldo Cesário, que também participa da reunião na Capital Federal.

PEPRO – A Aprosoja/MT também solicitou alterações que irão otimizar tanto o Pesoja quanto o prêmio pago direto ao produtor (Pepro). Para ambos, a entidade sugere que haja um calendário de leilões anual e que o limite por produtor e por leilão seja de 75 mil sacas de 60 kg. Os sojicultores reiteram o pedido de criação de mais uma região para os leilões de soja em Mato Grosso. Devido a extensão territorial do Estado, os sojicultores sugerem que a região Norte seja dividida em duas.

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