O governo federal deve investir R$ 60 milhões, por meio da Embrapa, para fomentar a produtividade, competitividade e sustentabilidade da produção de Palma (popularmente conhecida como dendê) no Brasil. O recurso estará diretamente ligado à ampliação e modernização da infraestrutura para preparação de sementes e mudas e a articulação de parcerias internacionais com centros de excelência em palma de óleo.
O mapeamento realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária indicou áreas propícias ao cultivo os Estados da Amazônia Legal (Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima) e nas regiõs Nordeste (Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia) e Sudeste (Rio de Janeirdo e Espírito Santos).
O maior limite a ser explorado para a cultura é o da Amazônia Legal. Nela, serão 29 milhões de hectares. No Nordeste e Sudeste, outros 2,8 milhões, segundo diagnosticou o Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo no Brasil, que estabelece o Zoneamento Agroecológico. Ao todo, identificaram-se 31,8 milhões de hectares de terras adequadas ao plantio da oleaginosa. Conforme o Ministério da Agricultura, a produção ficará restrita às áreas desmatadas no passado, para garantir a sustentabilidade da ação.
Na semana passada, o governo Federal lançou no Pará o programa por meio do qual pretende fomentar a atividade no país. Ele prevê uma série de medidas que envolvem, por exemplo, desde o uso de tecnologias para a formação técnica para o desenvolvimento da cultura, concessão de crédito, além de outras.
O Mapa argumenta que o programa também oferece condições aos investidores e empresários para o processamento e fabricação do óleo, incorporando os agricultores familiares da região amazônica como parceiros no fornecimento de matéria-prima, já que a palma pode ser uma alternativa de produção sustentável, com alta produtividade e rentabilidade.
Estima-se que a renda mensal média de uma família aumente de R$ 415 (lavouras de mandioca e extração de açaí) para outros R$ 2 mil.
No mundo, são aproximadamente 13 milhões de hectares cultivados de palma. Conforme o Ministério da Agricultura, o óleo extraído da palma é o mais utilizado no mundo, alcançando 45,88 milhões de toneladas na safra 2009/2010. Os maiores produtores são a Indonésia, Malásia e Tailândia.