O número de pessoas que procuram crédito no mês de agosto cresceu 3,6% em relação a julho e atingiu 121,1 pontos do indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, o maior resultado já registrado desde janeiro de 2007, quando a série histórica foi iniciada. O recorde anterior havia sido alcançado em maio, quando o índice atingiu 119,1 pontos.
Segundo a Serasa, a confiança dos consumidores em alta e o mercado de trabalho aquecido, com evolução do emprego e da renda, continuam estimulando a busca do crédito por parte das pessoas físicas. O resultado no mês de agosto também foi favorecido pela data comemorativa do Dia dos Pais, que impulsionou as vendas com financiamentos.
O resultado de agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, avançou 14,3%. No acumulado do ano, a alta está em 15,3% (no período de janeiro a agosto de 2010), em relação ao mesmo período de 2009.
Em agosto, o crescimento da procura por crédito foi liderado pelos consumidores da Região Nordeste: alta de 7,3% frente a julho. As regiões Sudeste e Centro-Oeste, com crescimentos idênticos de 4,3%, apareceram na segunda posição. A Região Sul registrou um avanço de apenas 0,6%. A única região que registrou queda na procura de seus consumidores por crédito foi a Norte (recuo de 4,4%), após forte elevação de 23,8%, observada no mês anterior. No acumulado do ano, as regiões Sudeste (16,5% a mais que o mesmo período do ano anterior) e Nordeste (16,3%) continuam na liderança.
Todas as faixas de rendimento pessoal mensal apresentaram crescimento em suas demandas por crédito em agosto. Os destaques foram os consumidores que ganham entre R$ 2 mil e R$ 5 mil mensais (alta de 4,3% frente a julho) e os que têm rendimento entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês (4,7%). As demais faixas de rendimento apresentaram crescimento da demanda por crédito muito próximos da média geral (elevação de 3,6% em agosto).
No acumulado do ano, os consumidores de baixa renda, que ganham até R$ 500 por mês, continuam liderando a busca por crédito, registrando crescimento de 34,4% no período de janeiro a agosto de 2010 na comparação com igual período de 2009.