A Superintendência de Defesa do Consumidor (Procon) recebeu, nos três primeiros meses do ano, 5.211 reclamações. Foram 960 registros a mais em relação aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2007, quando ocorreram 4.251 reclamações. Março bateu o recorde de atendimento dos últimos anos, com 1.815 registros, uma média de 90 pessoas em cada dia útil do mês. O ranking de atendimentos é obtido pelo Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec).
O número de pessoas atendidas passa a ser ainda maior se forem consideradas todas as retiradas de senhas ocorridas no órgão. Durante esse período, 956 pessoas fizeram apenas uma simples consulta e esse atendimento não foi cadastrado. “De acordo com o relatório do painel de senhas, no dia 24 de março foram atendidas 162 pessoas, entre registros no Sindec ou simples orientação”, explica a gerente de atendimento do Procon, Priscila Garcia.
Nos três primeiros meses do ano, o setor com maior número de registro foi o de ‘produtos’ (1807 reclamações) e o item que liderou as reclamações foi o aparelho de telefone, móvel ou convencional (483). Os principais problemas foram relacionados à garantia e à falta de peças para reposição. No mesmo segmento, os outros dois produtos mais reclamados foram microcomputadores (145) e móveis para quarto (117).
Recorde de reclamações nos três primeiros meses de 2007, o setor de serviços essenciais caiu para o segundo lugar no ranking em 2008, com 28,11% dos registros. Das 1.465 reclamações do setor, o serviço de telefonia fixa (552) foi o mais reclamado pelos consumidores, principalmente por cobranças indevidas. Em segundo lugar ficou telefonia celular (479), seguida pelos serviços de energia elétrica (152), e de água e esgoto (116).
O terceiro setor mais reclamado neste primeiro trimestre foi o de ‘assuntos financeiros’ com 24,95% das reclamações (1.300). Por cobrança indevida, os bancos comerciais (335), cartões de crédito (296) e financeiras (137) foram os assuntos mais reclamados nesse período.
Em quarto lugar no ranking do Procon, o setor de serviços privados (9,38%) teve 489 reclamações. Os estabelecimentos de ensino de pré-escolar, 1º e 2º graus, e nível superior foram os mais reclamados (72), principalmente, pelo não fornecimento de documentos ou por cobrança indevida e abusiva. Em seguida estão informática (65) e serviços de despachante (auto-escolas) (28).
O setor de saúde obteve 75 reclamações (1,44%) e a quinta posição no ranking. Por não cumprimento à oferta ou falta de cobertura, abrangência ou reembolso, os planos de saúde regulamentados foram os mais reclamados (21). Em seguida aparecem os convênios de assistência médica e odontológico (20) e plano odontológico (15).
‘Alimentos’ (5 – 0,10%) e ‘habitação’ (1-0,02%) foram os sétimo e oitavo setores mais procurados pelos consumidores para reclamação. Em ‘alimentos’, os registros ocorreram devido problemas com o consumo de alimentos infantis (2). Em relação à ‘habitação’, o problema foi o não cumprimento do contrato de loteamento.