O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), escolhido como parâmetro para a meta de inflação, deve fechar o ano em, 6%, a mesmo projeção anterior, de acordo com a maioria das instituições financeiras consultadas, na última sexta-feira (28), pelo Banco Central (BC), cujo resultado foi divulgado hoje (5) no boletim Focus. Para 2015, a estimativa segue em 5,70% há cinco semanas.
As projeções estão acima do centro da meta (4,5%) e abaixo do limite superior (6,5%). É função do BC fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, também conhecida por taxa Selic.
Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, e a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A mediana das expectativas (desconsidera os extremos nas projeções) das instituições financeiras para a Selic, ao final deste ano, baixou de 11,25%, na pesquisa anterior, para 11,13%. Para o final de 2015, a projeção segue em 12%. Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano, após passar por oito altas seguidas.
A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,76% para 5,80%, este ano, e de 4,85% para 5%, em 2015.
A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 5,96% para 6,03%, em 2014, e mantida em 5,50%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 5,92% para 6%, este ano, e segue em 5,50%, no próximo ano.