O presidente em exercício do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), Gleisson Omar Tagliari, declarou, hoje, que o setor de base florestal é favorável à operação ou a qualquer tipo de fiscalização com o objetivo de coibir o desmatamento ilegal na região. "Essa modalidade prejudica o setor de base florestal. O uso de correntões danifica as árvores impossibilitando que sejam utilizadas pela indústria madeireira, além de eliminar a possibilidade de retornar, depois de 25 ou 35 anos, à mesma área para explorar novamente a matéria-prima. O interesse em derrubar a mata com correntão é de outros setores da economia que se beneficiam com a terra nua, enquanto o setor de base florestal tem o interesse que a floresta permaneça em pé".
A operação trouxe a Sinop, na quarta-feira, 25, comitiva liderada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira que, na oportunidade anunciou que a meta é que até julho desmatamento em Mato Grosso, chegue a zero. Cerca de 200 fiscais, com apoio do Exército, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal permanecem nas regiões Norte e Médio Norte fiscalizando áreas e evitando que o desmate ilegal avance.
Tagliari ressaltou a forma como a operação fui conduzida, ao contrário das anteriores que foram geridas de forma truculenta e generalizando acusações ao setor florestal. Em diálogo com o presidente do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, o presidente do Sindusmad avalia que "o órgão está a par da nova consciência que se desenvolveu no setor de base florestal tendo, inclusive, o segmento tendo recebido elogios da parte de Trennepohl pela forma como vem conduzindo os planos de manejo florestal sustentável e como o setor está se aprimorando no sentindo de aproveitar melhor a matéria-prima, bem como sua industrialização".
Ele destaca ainda que "a ação prova que o foco do desmatamento não está no setor florestal. A consciência desenvolvida nos empresários madeireiros e em toda a região também repercute entre pensadores e os que realmente se interessam pelo assunto e não simplesmente entre os vêem a Amazônia sem ter conhecimento de causa".