O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, disse, ao Só Notícias, que o setor está prestes a sair da crise. “Hoje o setor de base florestal do estado tem conseguido trabalhar, tem tido matéria prima na região de Sinop e do Nortão, do Estado de uma forma geral. O setor está instalado em mais de 66 cidades aqui de Mato Grosso”. “Atualmente, o setor está abastecido, tem matéria prima, tem manejos florestais aprovados para trabalhar, o que nós estamos vivendo momentaneamente é um desaquecimento da economia. Hoje, o produto mato-grossense, uma boa parte dele, vai direcionado a nível nacional, para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, região do Nordeste também e, uma boa parte também é exportado para países europeus, Estados Unidos e China. Dentro do Brasil nós temos uma pequena parte que é direcionada para a indústria moveleira. Então, hoje o setor está abastecido de matéria prima o que nós precisamos é ter um foco maior no mercado”.
Blasius afirmou que, para minimizar os impactos negativos “o Cipem tem trabalhado assiduamente para mostrar as boas práticas do manejo florestal, afinal a fonte de matéria prima do setor de base florestal do setor madeireiro é oriunda das florestas nativas da região amazônica, aqui do Estado especificamente as nossas florestas são em áreas particulares de produtores rurais, e o manejo florestal é feito nas áreas de reserva legal das propriedades rurais”, “Através do Plano de Manejo Florestal, que é o melhor mecanismo que nós temos para conservação e preservação da floresta e evitar desmatamento. Então, o Cipem investe assiduamente em conscientizar e mostrar para a sociedade em geral o que é o plano de manejo florestal, como que é feita a colheita do plano de manejo florestal, que é um mecanismo que é cheio de regras e ele passa por um crivo de análise ambiental da secretaria estadual de Meio Ambiente. Existe uma infinidade de regras que são exigidas para que seja aprovado um plano de manejo florestal”. “Não tenho a menor dúvida de dizer que em Mato Grosso, o produto florestal é um produto ecologicamente correto, que é feito de maneira sustentável. Se uma pessoa comprar uma madeira de Mato Grosso está levando um produto de procedência, com sustentabilidade”, analisou.
O presidente avalia que “ a secretaria estadual de Meio Ambiente e também e secretaria estadual de Desenvolvimento têm sido grandes parceiros. O Cipem que representa mais de 450 associados (empresas), tem tido diálogo e com o governo de uma forma geral e com a Assembleia Legislativa também e tem esta representatividade com o governo de Mato Grosso”.
Blasius disse que a entidade tem “desafios enormes. O primeiro é manter uma pauta gigantesca que eu herdei das gestões passadas e também tocar estas pautas e dar continuidade”. “Vamos trabalhar bastante para que o nosso produto ganhe destaque porque hoje nós temos mecanismos diferentes de todos os estados. Nós temos um produto 100% rastreado, através do Sisflora 2.0 nós conseguimos saber a real localização de uma árvore, através do produto final.
Ele também avaliou que, “o governo federal assim como o governo estadual eles tem as suas ações (fiscalização ao setor de base florestal), as suas correções, fiscalizações de acordo com uma normatização. Logicamente que precisamos alinhar um pouco mais com o governo. Iniciamos um bom diálogo já. Recentemente tivemos uma boa conversa com o ministério do Trabalho para avaliarmos as tratativas de segurança do trabalho e conseguimos este ano uma cadeira no Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), com representante de Sinop e já conseguimos bastante este ano. Precisamos avançar ainda mais, buscar mais espaço, e o governo federal precisa conhecer um pouco mais do que é o Cipem, quem são os empresários e como nós trabalhamos. É um caminho, é um diálogo que nós precisamos fortalecer cada vez mais”, finalizou Blasius.
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