O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sinop, Marco Antonio Alves, criticou a proposta do governo estadual que prevê aumentar em no mínimo 15% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e disse que lutará contra o projeto. “O empresário, de uma forma geral, mas especialmente do comércio, sempre é convocado a pagar as contas dos governos, mas os governantes precisam entender também que se matarem a galinha dos ovos dourados não existirão mais ovos dourados. Entendemos as necessidades do Estado, mas apenas aumentar os impostos não é a solução, isso já ficou mais do que provado e lutaremos contra isso”, afirmou.
O presidente da CDL Sinop não é o único contrário a proposta. O presidente da Associação dos Comerciantes do Varejo de Material para Construção (Acomac/MT), Gustavo Nascimento, expôs que “Mato Grosso, nos últimos dez anos, duplicou a sua arrecadação, mais ao mesmo tempo por ingerência do Poder Executivo, em gestões anteriores aumentou o gasto em um percentual muito maior do que o de arrecadação. O setor produtivo, o setor do varejo vê essa atitude do governador com bastante preocupação. O Estado quer jogar a conta para o cidadão mato-grossense, que já está bastante estrangulado com o pagamento de impostos. A Acomac é contra a qualquer aumento de alíquota nos impostos”, afirma Nascimento, através da assessoria.
O ICMS é o carro-chefe da arrecadação própria do Estado, responde por 82,5% da receita tributária total e fechou 2018 com uma arrecadação de R$ 9,049 bilhões, apresentando uma leve queda de 0,9% em relação ao projetado na LOA. O relatório do cumprimento das metas fiscais do terceiro quadrimestre de 2018 do Estado, mostrou que o ano fechou com uma receita orçamentária líquida nominal de R$ 15,3 bilhões, enquanto as despesas de todos os Poderes totalizaram R$ 16,8 bilhões, gerando um déficit de cerca de R$ 1,5 bilhão, aponta a assessoria.