Com saldo positivo de 10.683 novos postos de trabalho com carteira assinada, o estado de Mato Grosso registrou o quarto maior crescimento na geração de empregos no país, atrás somente de São Paulo (36.418), Minas Gerais (25.537) e Rio de Janeiro (13.490). O saldo atual, segundo análise do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), está 234,37% superior no comparativo com o mês anterior, quando o indicador totalizou apenas 3.195.
Os setores do comércio e serviços representam 61,15% do total de estoque de empregos, que, juntos, somaram 874.263 no mês, segundo dados do Novo Caged, do Ministério do Trabalho. Já o desempenho observado em junho do ano passado foi 30,03% maior, quando foram acrescidos ao estoque de empregos no estado 13.891 novas vagas.
Segundo a Fecomércio, a diminuição na geração de novos postos de trabalho, observado no decorrer de 2023, fez com que o estado registrasse 22,5% menos novos empregos no acumulado até junho do ano passado, passando de 51.794 para os atuais 40.119.
Ainda assim, o presidente da entidade, José Wenceslau de Souza Júnior, explica que essa variação “pode ser reflexo da dinâmica de criação de empregos formais e do comportamento da economia na geração de renda, que trazem efeitos diretos e, de forma indireta, sendo um indicador importante de ser acompanhado”.
É o caso do setor agropecuário, que, no mês de junho, reverteu a tendência de mais demissões que admissões dos últimos três meses e apresentou o maior saldo entre os demais setores da economia, com 4.777, seguido dos serviços, que avançou 215,53% no comparativo com o mês de maio, registrando saldo de 2.540. O comércio também exibiu crescimento em junho, com avanço de 114,55% em relação ao mês anterior, registrando um saldo de 1.150 empregos.
Para Wenceslau Júnior, o avanço nos setores do comércio e serviços podem ser melhores no segundo semestre. “Esse crescimento nos traz uma expectativa ainda melhor de geração de empregos para os próximos seis meses, aliado a uma inflação mais baixa, o que favorece o consumo e que, consequentemente, aquece a economia. Tal condição pode incentivar o aumento do nível de investimento por parte dos empresários”.
Os dados nacionais registraram um número de 157.198 admissões superiores a demissões, crescendo 1,34% ante ao mês anterior, quando este exibiu saldo de 155.123 empregos. Contudo, o valor mostrou uma queda de 44,84% no comparativo com o mês de junho do ano passado, quando o saldo registrava 285.009 empregos.
Quanto ao estoque nacional, os setores de serviços e comércio, somados, totalizaram 30,6 milhões de empregos com carteira assinada no mês de junho, representando 70% do montante total do país.