A presidente da Associação dos Transportadores Rodoviários Mato-grossense (Atrom), com sede em Sorriso, Mauri Soares, não apoia a paralisação dos caminhoneiros prevista para 1º de fevereiro e expôs que o momento não é propicio levando em consideração a época de colheita da soja e a necessidade de transportes para os produtores, alguns já colhendo. “Nem passou pela cabeça em aderir. Nem um povo de sindicato ou outras entidades ligadas ao transporte entrou em contato com a gente. Também o transporte nosso é diferenciado de outros Estados que estão querendo a greve. Aqui o transporte é grãos e o motivo hoje do frete baixo e tantos caminhões parados foi o atraso da chuva, plantio, isso atrasa a colheita também. Então, está todo mundo na expectativa de uma safra talvez com uma queda devido ao clima, mas greve não passou por nossa cabeça. Não é momento para aderirmos”, analisa a presidente.
Soares emendou que “seria até injusto com os produtores, que estão bem estruturados de armazéns e caminhões, mas necessita do transporte para a colheita. Nós não vamos fazer isto durante a colheita, mas estamos todos na expectativa, talvez uma produção com queda, mas que atenda a demanda de todos os transportadores principalmente do nosso município e Estado. Se haver bloqueio de rodovia é lógico que todos vão ser prejudicados, mas isso é questão de momento. Na minha opinião acho que nem vai acontecer”.
A manifestação, mobilizada em outros Estados, é contra a alta no preço dos combustíveis. Os caminhoneiros vem considerando o aumento abusivo. Além disso, buscam o estabelecimento de um piso mínimo de frete para o transportador autônomo, aposentadoria especial, marco regulatório do transporte e fiscalização mais atuante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Conforme Só Notícias já informou, o presidente da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos de Sinop (Cooperlog), Cleomar José Immich, disse que também não acredita na adesão dos motoristas de Mato Grosso na paralisação geral da categoria.