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Presidente da CDL repudia projeto aumentando em média 30% IPTU em Cuiabá

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O presidente eleito da Câmara dos Dirigentes Lojistas da capital, Nelson Soares Junior, criticou o projeto que foi encaminhado, pela prefeitura, à câmara, e deve ser votado nesta 3ª feira, prevendo aumento médio de 30% no Imposto Predial e Territorial Urbano. A votação deve ocorrer até quinta. "Exauridos pelas incansáveis discussões que resultaram pelo adiamento da reforma tributária para o próximo ano, preocupados com os resultados das vendas no melhor mês para o comércio, sensibilizados pela quantidade de portas e negócios sendo fechados, os lojistas de Cuiabá se vêem mais uma vez diante do 'assombro natalino' do aumento médio do IPTU em 30% a ser votado", expõe Nelson, em artigo.
 
"É todo fim de ano. A sanha arrecadadora do alcaide se dissimula em negociações com os vereadores para estabelecer a punição dos munícipes para o ano que se aproxima. Neste ano é clara a interveniência do futuro prefeito em tentar garantir aumento de receita para sua estreia. Não há preocupação em dialogar e, parece estarem vivendo sob outra ordem ou outro mundo, pois é só andar pela cidade e ver a realidade da atividade empresarial sendo ocupada, com velocidade, pelas duas maiores redes de pontos comerciais: a “aluga-se e a vende-se”. E, pelo estágio da crise, quantas lojas e serviços ainda serão interrompidos? A resposta dá medo", aponta o presidente da entidade.
 
"Se existem distorções nos valores alocados na planta genérica do município é certo que este não é o melhor momento para corrigi-las, bem como, o de se utilizar “a velha política” para fazê-lo sem a plena discussão com a sociedade que é quem vai pagar pelo aumento, se aprovado. Sabemos da dificuldade em gerir uma máquina com o compromisso de pagar 19 mil funcionários todos os meses, porém o prefeito que sai garante que deixa dinheiro no cofre e sem dívidas a pagar (caso raro na prefeitura de Cuiabá) e que com medidas de austeridade, corte de gastos e maior eficiência na gestão pública que podem e devem nortear as ações do executivo é possível realizar o plano de governo sem que a população seja levada a mais um aumento excessivo no tributo", acrescenta Nelson.
 
Ele aponta ainda que "não há que se questionar a legitimidade do lojista e do prestador de serviços em se insurgirem contra o aumento alegando que são meros arrecadadores, pois como é sabido, o aumento vai para os preços que, quando deixam de ser competitivos paralisam o negócio que, por sua vez, termina com o acréscimo no já altíssimo índice de desemprego. Em última instância as consequências são distribuídas por toda a sociedade. Há que se observar que politicamente o impacto positivo que a sociedade espera, como foi declarada sua vontade nas urnas, começa prejudicado, pelo novo tratando a questão como o velho. Não parece lógico que este tenha sido o modelo que consagrou a vitória nas últimas eleições. Cabe então, aos nossos nobres Edis, refletirem com profundidade e com zeloso bom senso consultar as suas bases para deliberarem sobre a questão. Da nossa parte fica aqui declarado o repúdio a qualquer aumento de taxas e tributos num momento em que a economia do nosso País, do nosso Estado e do nosso município agoniza na tentativa de sobreviver", atacou.
 

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