O levantamento do preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) foi feito em quatro empresas. Todas elas confirmaram, ao Só Notícias, que aplicaram, em média, 6,6% do valor do reajuste anunciado pela Petrobras, que foi de 9,8% do produto sem incidência de tributos, no último dia 17. Anteriormente, o preço do botijão, de 13 quilos, custava em média R$ 75. Com o reajuste, passou, em média, para R$ 80.
A gerente comercial de uma das empresa, Simone dos Santos Hartmann, disse, que a alta deve refletir no bolso dos consumidores apenas no próximo mês. “Estamos aplicando o reajuste esta semana. Neste período a procura é das empresas que compram em quantidade maior. Já os consumidores que adquirem a cada um mês, por exemplo, devem sentir essa alta no início de abril. Sempre no início de mês, as vendas são menores. Acredito que não deve ocorrer muita reclamação. As pessoa já estavam esperando esta alta. É um produto de necessidade básica”.
Em Mato Grosso, o preço médio do gás é R$ 77, variando entre R$ 55 e R$ 90, conforme levantamento de preços apurado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo a Petrobras, o último reajuste ocorreu em 1º de setembro de 2015 e a atualização dos valores não se aplica ao GLP destinado ao uso industrial.
A Petrobras sustenta que a lei garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, e que as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor, o que dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores. Mato Grosso já tem o botijão mais caro do país, chegando a R$ 90. Há 7 anos custava R$ 46,65 ao consumidor, valor equiparado ao cobrado atualmente em Pernambuco (R$ 47,85) – menor preço do país.