A previsão da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (ASMIRG-BR) é que o gás de cozinha tenha um aumento de 10% no próximo mês. O reajuste deve ocorrer, devido ao acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), reflexo do calculo dos últimos 12 meses, estimado em 9,56%. Em Sinop, o preço de um botijão, custa em média R$ 70. Com o reajuste previsto passará a ser comercializado R$ 77.
Durante encontro com empresário do setor de revenda o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo), Aldo Locatelli disse, ao Só Notícias, que o gás de cozinha seguirá o mesmo aumento do petróleo. “Cada vez que o governo aumenta o percentual de cobrança gera um aumento. Além, disso tem o aumento no transporte com o preço do óleo diesel. Automaticamente será necessário aumentar o preço do frete. Com isso, quem pagará será o consumidor final. É um série de coisas que gera uma enorme consequência. Consideramos que é um movimento cascata. O governo poderia recolher sempre o mesmo imposto que ganharia igual, mas prefere ganhar mais”, criticou.
Locatelli disse ainda que este aumento ficará para pagar a diferença "nos impostos altíssimos" cobrados no país. “Não existe necessidade de ter este aumento. Tem muito gás sobrando e está sendo importado com um diferença muito grande de valores. Esse dinheiro é consumido no meio do caminho. O custo do gás natural esta mais barato fora do país. A taxação do preço dos gás natural é exorbitante. O governo não deveria impor essa conta aos consumidores. O ganho dos distribuidores sobre a venda de um botijão é pequeno”.
Em Mato Grosso, o preço médio atual do botijão de gás de cozinha (13 kg) é de R$ 71,32, mas varia até 54,71% em todo o território estadual. Em algumas localidades, o insumo pode ser adquirido por R$ 53, enquanto em outras chega a custar R$ 82, numa diferença de R$ 29 por botijão, segundo levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Cuiabá é o município onde o preço apresenta a maior variação, chegando a 26,98%, ao oscilar do mínimo de R$ 63 ao máximo de R$ 80.
Ainda na capital, o preço médio do botijão de gás (13 kg) em agosto alcança R$ 70,64, média superior àquela registrada pela ANP em Cáceres (R$ 61,03) e inferior às médias de Várzea Grande (R$ 71,38), Alta Floresta (R$ 74,17) e Sorriso (R$ 79,29). Rondonópolis apresenta patamar equivalente, com média de R$ 70,58 em agosto. Além disso, o preço médio vigente em Mato Grosso ainda aparece como maior do país e é 16,91% superior à média verificada em agosto de 2015, quando custava R$ 61. De lá para cá, o valor do produto subiu R$ 10,32.