População de Mato Grosso pagou R$ 231,417 milhões em prêmios e contribuições às seguradoras no 1o bimestre deste ano. Valor é 35% superior ao quantificado no mesmo período do ano passado, de R$ 171,341 milhões, segundo mostra estudo do Sindicato das Seguradoras (Sindseg) em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal. Montante inclui os valores investidos em seguros de vida e contratação de planos de previdência privada (VGBL e PGBL). Entre os diferentes grupos de seguros que compõem o portfólio das seguradoras, os de automóvel lideraram os valores pagos, com R$ 60,717 milhões e participação de 61%, sendo 45,85% a mais que o volume financeiro registrado durante o 1o bimestre do ano passado (R$ 41,628 milhões).
Contratação de seguro patrimonial absorveu o 2o maior volume de pagamentos no mercado de seguros em Mato Grosso, movimentando R$ 12,923 milhões e crescendo 50,10% sobre 2012, quando alcançou R$ 5,279 milhões nos 2 primeiros meses. No bimestre, o ramo que mais cresceu foi o de seguro rural e de animais, que avançou 111,57% sobre o mesmo período do ano passado. Enquanto em 2013 foram investidos R$ 11,171 milhões com a contratação desse tipo de seguro, no último ano não ultrapassou R$ 5,279 milhões. Seguros aeronáuticos também evoluíram na mesma proporção, com alta de 109,50% sobre 2012 e um total pago equivalente a R$ 1,479 milhão neste ano, ante R$ 706,363 mil em 2012.
Proprietária da Alfagarves Seguros, Rosimere Ribeiro Oliveira, comenta que o crescimento no mercado de seguros observado no início de ano superou as expectativas do setor. Para o sócio-fundador da corretora TaClaro.com, João Cardoso, essa expansão é consequência do desenvolvimento econômico e maior diversificação no ramo de seguros. “Isso foi possível pelo fortalecimento da classe média no país, as pessoas têm contratado esses serviços em caso de câncer, para animais domésticos, é um fenômeno normal porque o mercado estava muito restrito”.
Quanto ao crescimento do seguro rural, é um ramo subsidiado pelo governo federal e que está mais barato, diz Oliveira. “Além disso, agora têm mais seguradoras trabalhando com essa opção no Estado”.
Para o produtor Sedeni Locks, que cultivou 13 mil hectares de soja neste ano, o seguro rural ainda é caro. “Nunca contratei por isso”. Comerciante Wilson Grafite diz que não consegue abdicar do seguro e contratou para todo o patrimônio, que inclui veículos e imóveis. “Por ano gasto um valor alto em renovação e neste ano ficou ainda mais caro, entre 20% e 30%”.
Previdência – Entre os planos de previdência, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) garantiu até agora a maior adesão dos mato-grossenses, que pagaram R$ 46,117 milhões nos 2 primeiros meses deste ano, sendo 77,23% a mais que o valor quantificado no primeiro bimestre de 2012, equivalente a R$ 26,021 milhões. Em PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) foram investidos R$ 8,402 milhões, 1,77% a menos que no último ano, quando chegou a R$ 8,554 milhões.