O Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso em 2002 era de R$ 20,94 bilhões, saltando para R$ 35,28 bilhões, em 2006, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O comportamento do PIB mato-grossense sofreu variações nos anos de 2003 (33,18%), 2004 (32,53%) e 2005 (1,37%), especialmente no que tange ao agronegócio, que responde por cerca de 70,20% desse volume. Embora em 2006 o PIB do Estado tenha registrado uma retração de -4,6%, o acumulado até agora demonstra crescimento de 68,48% no valor monetário.
É importante considerar que 2006 foi o ano mais agudo da crise no agronegócio, motivada pela brusca queda nos preços internacionais das principais commodities (soja, milho, algodão, carne); elevado grau de endividamento do setor do agronegócio, ou seja, forte dependência de capital de terceiros; sobrevalorização do real frente ao dólar, chegando à paridade próxima de um por um; elevação dos custos dos insumos; e a crise no setor madeireiro, até então um dos itens principais da pauta de exportações, que culminaram num quadro recessivo para a economia mato-grossense.
O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Eder Moraes, explica que mesmo sob a crise histórica do IBGE, iniciada em 2002, enquanto a média nacional acumula crescimento de 3,5%, Mato Grosso mantém saldo acima da média brasileira de 5,83%. “O ano de 2006 foi atípico, sofrendo a influência negativa de vários fatores que comprometeram o desempenho da economia. Cerca de 70,20% do nosso PIB está atrelado ao agronegócio que é a força motriz da economia mato-grossense e naquele ano, este segmento foi atingido de várias formas, inclusive, com uma crise de renda no campo”, frisou o secretário.
Em 2007, a economia reagiu, voltando a registrar crescimento a ritmo chinês, recuperando a capacidade de investimento, geração de empregos e instalação de novas indústrias, mantendo esse crescimento também em 2007 e 2008.
“Espera-se que o Estado tenha recuperado o ritmo de 2005, com crescimento de 5%, retomando o PIB ao patamar de R$ 37,5 bilhões. Mas 2007 poderá ainda superar 2005, em razão de que em 2007 já acontece a retomada do crescimento e 2005 era o início da crise”, finalizou o secretário Eder Moraes.