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Petrobras reforça esclarecimentos de Graça Foster sobre compra de refinaria

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A Petrobras divulgou nesta quinta-feira (17) anúncio com um resumo do depoimento prestado pela presidenta da estatal, Graça Foster, sobre a aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. Graça Foster disse na última terça-feira (15), no Senado, que a compra “não foi um bom negócio”. Ontem (16), porém, o ex-diretor da Área Internacional da empresa Nestor Cerveró sustentou, na Câmara dos Deputados, que “foi um bom projeto na época”.

A nota, publicada na edição impressa de hoje dos principais jornais brasileiros, traz a versão da presidenta da estatal sobre o negócio. Graça Foster explicou que as apurações internas revelam, até o momento, que o grupo belga Astra Oil não comprou a refinaria por apenas US$ 42,5 milhões e sim por cerca de US$ 360 milhões, reitera o comunicado.

“A presidenta apresentou a cronologia das negociações entre a Petrobras e a Astra”, relembra a nota. Na ocasião, Graça Foster disse que o Conselho de Administração da Petrobras aprovou, em 2006, a compra de 50% de participação em Pasadena, por US$ 359 milhões, sem ter acesso a cláusulas e a informações sobre a obrigatoriedade e intenção de se comprar os 50% remanescentes.

O informe também justifica que as alterações no cenário econômico e no mercado de petróleo diminuíram as margens de refino e do consumo de derivados, o que fez com que a empresa, também por conta da descoberta do pré-sal, revisse suas prioridades. “Assim, o negócio originalmente concebido transformou-se em um empreendimento de baixo retorno sobre o capital investido”, afirma a empresa.

Em depoimento na Câmara, Nestor Cerveró defendeu a compra e ressaltou que não se pode saber se a rentabilidade que o projeto tinha na época seria atingida nos dias de hoje. Cerveró dusse que faria, hoje, o mesmo resumo executivo que fez, desde que as condições fossem as mesmas.

Após garantir que colabora com órgãos de controle como Tribunal de Contas da União, Controladoria-Geral da União e Ministério Público nas investigações, a Petrobras afirma na nota que a Comissão Interna de Apuração, criada no dia 24 de março deste ano, deverá concluir os trabalhos em 30 dias.

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