A Petrobras informou hoje a substituição do preço-teto do gás boliviano por um sistema temporário de descontos, o que vai implicar reajustes médios sobre o preço final do produto de 13% em 1º de setembro e de 10% adicionais em 1º de novembro.
Ainda não foi determinado o impacto deste reajuste nos valores pagos pelo consumidor. As condições contratuais para o gás boliviano, sem desconto, voltarão a ser aplicadas a partir de 1º de janeiro de 2006.
A companhia argumentou que já absorveu reajustes de preços ocorridos no contrato de compra do gás da empresa boliviana YPFB desde janeiro de 2003, utilizando mecanismos comerciais para incentivar o mercado atendido pelo gás da Bolívia.
O preço do gás boliviano está vinculado a uma cesta de derivados de petróleo, que tem sofrido aumentos significativos nos últimos meses, refletindo no incremento do seu preço.
Para a Petrobras, o impacto do aumento para o consumidor final dependerá dos integrantes da cadeia de distribuição (distribuidoras e postos), de aspectos regulatórios específicos das áreas de concessão, e da peso do custo do gás no preço de cada segmento.
A companhia informou também que os preços do gás natural de produção nacional, igualmente fixos por um período de dois anos e oito meses, serão reajustados em 6,5% a partir de 1º de setembro e em mais 5% a partir de 1º de novembro.
“A atualização dos preços se tornou necessária diante da significativa evolução dos custos de exploração, produção, aquisição e transporte de gás natural, de forma a assegurar a sustentabilidade dos esforços da Petrobras para o desenvolvimento do mercado desse combustível”, diz a empresa, em nota.