Se concretizar a venda para o governo boliviano das refinarias de Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra, a Petrobras deixará o setor de refino de petróleo no país vizinho. A decisão de apresentar uma proposta de venda foi anunciada hoje (7) pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.
Atualmente, a Petrobras processa diariamente cerca de 45 mil barris de petróleo, principalmente o condensado – líquido associado ao gás natural –, além de diversos outros produtos como o óleo cru reconstituído.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou ontem a decisão de proibir que empresas petrolíferas atuando no país continuem exportando petróleo e derivados. Só podem vendê-los para a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), a estatal local, a US$ 30,35 o barril. O preço no mercado internacional oscila em torno dos US$ 55.
Há alguns meses, a Petrobras e a YPFB vem discutindo (e discordando) sobre o preço que a Bolívia pagaria pelas duas refinarias. Gabrielli não quis revelar o valor pedido pelas refinarias.
Segundo a assessoria da estatal brasileira, ambas foram adquiridas em 1999, por US$ 102 milhões, “em estado lastimável”.
A Petrobras investiu pesado na melhoria das instalações.