Os preços dos combustíveis dispararam nas bombas desde janeiro. A gasolina e o diesel acumularam altas nas refinarias de 41,3% e 34,1%, respectivamente, e o secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, expôs hoje que o motivo é a política de preços praticada pela Petrobras, que faz com que os valores do litro dos combustíveis tenham reajustes de acordo com a variação cambial.
Hoje a estatal anunciou aumento de 5%, vigorando a partir de amanhã, e o preço médio de venda, nas refinarias, da gasolina passará a ser de R$ 2,60 por litro, alta de 12 centavos por litro (ou 4,8%), enquanto o diesel passará a média de R$ 2,71 por litro, aumento de 13 centavos por litro (5%), informou a Petrobras. Este é o quinto reajuste do ano para a gasolina, que custava R$ 1,84, em dezembro, e o quarto para o diesel, que era de R$ 2,02, no mesmo período.
“A política de preços praticada pela Petrobras é o grande problema da alta no preço dos combustíveis porque fica muito sensível à variação cambial: aumenta o dólar, aumentam a gasolina e o diesel; e também sensível à cotação do petróleo no mercado internacional. Se o governo federal não criar um fundo soberano para a Petrobras, para que os preços não sejam impactados e o produtor não transfira a diferença, o preço vai continuar subindo na bomba”, analisou Gallo.
Ele acrescenta que a alta nos preços dos combustíveis não se deve aos impostos, como ICMS e PIS-COFINS. “Em Mato Grosso, por exemplo, o ICMS praticado é o mesmo há 10 anos. Não há que se falar em aumento de imposto porque o imposto não aumentou, o que provocou a alta foi principalmente a variação do dólar. Também não podemos esperar que a retirada do PIS-COFINS prometida pelo governo federal tenha qualquer impacto no preço das bombas, justamente porque houve esse aumento de 5%”, finalizou Gallo, através da secretaria adjunta de Comunicação.