O Centro de Informações Socioeconômicas (CISA) da Unemat e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Sinop divulgaram, esta manhã, relatório mensal da evolução dos indicadores econômicos no município. Foram entrevistados 150 empresários, entre os dias 1 e 11 deste mês, tendo como referência os últimos 30 dias de atividade econômica. O Índice de Confiança Empresarial (ICE) apresentou queda de 12, 37% comparando com o mesmo período do mês e uma pequena queda no na expectativa futura de aquecimento da economia.
A pesquisa também aponta a situação atual. Só o indicador de geração de empregos que foi positivo de 8,7% em relação ao mês passado, apontando que mais funcionários foram contratados no comércio, por exemplo. Por outro lado, a maioria dos entrevistados apontou redução de 24% nas vendas e redução de 16% em investimentos.
O Índice de Expectativa dos Empresários, que aponta projeções e expectativas para os próximos 3 meses, teve leve queda de 1% em relação a março. A maioria dos entrevistados acha que o número de contas que será paga em dia deve crescer 24% e que os investimentos devem crescer 38,4%. A pesquisa indica que 67% devem contratar mais e que as vendas devem ficar estáveis.
Segundo o economista Udilmar Carlos Zabot, um dos principais fatores para este pessimismo é instabilidade política vivida no país. “Em função do que acontece de ordem nacional com uma crise política forte e com uma retração econômica passou a afetar diretamente a economia local. Ao logo do ano passado, a economia do município demorou para sentir os efeitos da crise. Já este ano mudou e os empresário passaram a sentir com maior contundência. A partir desse momento, dessa transição de efeitos, o empresário ficou mais reticente. Essa instabilidade é por não ter nada concreto em relação ao cenário político-econômica se vai de fato servir para mudar o rumo da economia brasileira. Não se sabe se nos próximos meses teremos ou não determinado presidente atuando e não se conhece quem realmente vai assumir ministérios importantes da área de economia. Então, estas informações instáveis fazem com que o empresário se torne ainda mais cauteloso. Quando não se tem estas informações fundamentadas ele fica reticente e evita endividamento das suas atividades”, analisou o coordenador da pesquisa.
Zabot explicou ainda que a confiança do empresário deve aumentar assim que a situação política voltar a normalidade. “Uma boa condução do governo terá capacidade de elevar a confiança empresarial e assim ele começará a repassar esta estabilidade para as sua atividade. O problema não é a crise e sim de modo geral e falta de informações do tempo em que ela vai durar. Então o empresário fica cauteloso quando não consegue enxergar uma luz no fim do túnel”, apontou.