A maioria dos cuiabanos (72,7%) iniciou o ano endividado com cheques, cartões de crédito, carnês e empréstimos, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), feita em parceria com o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT. O mês anterior encerrou com 70,5% das famílias nestas condições e, em janeiro do ano passado, foram registrados 62,3%.
Houve diminuição no número de famílias com contas em atraso e que, portanto, estariam inadimplentes. São 35,5% em janeiro ante 35,8% no mês anterior o percentual de famílias que alegaram ter contas em atraso. Já as que afirmaram não ter condições de pagá-las passou de 12,2% em dezembro para 11,7% em janeiro. Os índices também eram menores se comparado a janeiro de 2020, com 26,3% e 9,7%, respectivamente.
O presidente da Fecomércio, José Wenceslau de Souza Júnior, analisa que a facilidade de acesso ao crédito ocasionada pela queda da taxa de juros e a necessidade de manter o poder de compra em meio a pandemia são fatores que contribuem para contração de dívidas. “O cartão de crédito também foi o principal algoz das dívidas das famílias, apontado por 71,5% das famílias como principal tipo de dívida”, disse o presidente.
Cuiabá registra índices maiores que a média nacional, que também apresentou aumento no ano, atingindo 66,5% das famílias em todo país, alta de 0,2% em relação ao mês anterior e de 1,2% na comparação com janeiro de 2020.
Quanto a parcela da renda comprometida com dívidas em Cuiabá, foi constatado recuo mínimo na variação mensal, de 22,3% em dezembro para os atuais 22,2%. O percentual atual está acima do registrado em janeiro do ano passad0, quando comprometia apenas 16,6% da renda total, condição considerada aceitável, por não ultrapassar os 30%, informa a assessoria.