Mato Grosso encerrou 2008 com 57,559 mil pedidos de seguro desemprego, distribuídos nos 20 postos do Sistema Nacional do Emprego (Sine), instalados no Estado. Na comparação com o ano anterior, quando foram registrados 49,547 mil solicitações do benefício, houve incremento de 16,1%. Nesta quantidade não estão incluídos os requerimentos feitos junto à Delegacia Regional do Trabalho no Estado (DRT-MT).
De acordo com os dados divulgados pelo Sine-MT, Cuiabá (unidade Ganha Tempo) é a cidade que mais atendeu trabalhadores que deram entrada no benefício. Ao todo foram contabilizados 18,123 mil ao longo dos 12 meses do ano passado, o que representa 31,4% do total de todo o Estado. Já em relação ao ano de 2007, quando foram registrados 19,009 mil pedidos, a quantidade na Capital reduziu 4,6%. A cidade de Várzea Grande registrou 8,311 mil solicitações do benefício, 36,1% a mais que o número verificado em 2007, de 6,106 mil.
De acordo com o supervisor do Sine-MT, Samir Prado, a elevação no número estadual pode ser explicado pela abertura de três postos do órgão no ano passado, localizados nas cidades de Colíder, Pontes e Lacerda e Aripuanã. “Podemos citar também o comportamento do mercado, maior oferta de postos de trabalho no ano passado”, diz ao completar que os reflexos da crise internacional na geração de empregos, que podem ter influenciado nos pedidos de seguro desemprego, poderão ser melhor analisados a partir dos dados de janeiro, mas que ainda não foram fechados.
O supervisor acrescenta ainda que o seguro é um benefício concedido pelo governo federal ao trabalhador para que ele possa investir na sua qualificação para se retorne ao mercado de trabalho com menos dificuldade, frente à concorrência. Porém, ele diz que a maioria dos trabalhadores acaba usando o dinheiro para custear despesas domésticas, principalmente alimentação.
O trabalhador que foi demitido pode dar entrada no seguro desemprego nos postos do Sine ou na DRT-MT. Nas cidades onde não existem nenhum dos dois órgãos, a solicitação pode ser feita nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF), com apresentação dos documentos. Quem tem direito ao seguro já está recebendo a partir deste mês com valor corrigido de acordo com o mínimo, ou seja, R$ 465. O desempregado pode receber o benefício em três, quatro ou cinco parcelas, o que vai depender dos requisitos que cumprir.
Prado explica que, para ter direito a três parcelas, o trabalhador tem de apresentar registro em carteira, que conste pelo menos seis salários consecutivos (pode ser em mais de uma empresa). Será analisado um período de 36 meses. O direito a quatro parcelas, também tem de apresentar seis salários consecutivos, em um período de três anos, sendo que neste intervalo tem de constar 12 meses com carteira assinada. Já para ter direito a cinco parcelas do benefício são necessários seis remunerações seguidas e 24 meses de registro em um intervalo de 36 meses.