O Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) apresentou a estratégia do programa Passaporte Verde para a comissão chinesa presente na 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27). O encontro aconteceu no Hub da Amazônia Legal, ontem, pelo presidente da entidade, Caio Penido. O governador Mauro Mendes, secretários e equipes técnicas dos dois países participaram.
A audiência especial entre chineses e brasileiros debateu o desenvolvimento da política agrícola dos dois países e as boas práticas no Brasil e sua relação comercial e de cooperação com a China. Além disso, foi enfatizada a assinatura entre o Imac e a ong chinesa Global Environmental Institute (GEI), em português Instituto Ambiental Global.
A diretora executiva do Imac, Paula Sodré, detalhou que o principal objetivo foi evidenciar o quanto a estratégia está de encontro com o documento já assinado pelos chineses (que estão entre os principais compradores de carne do Mato Grosso e, em setembro, fez compra recorde de carne, 47 mil toneladas). “Essa estratégia casa com o memorando de entendimentos que o Imac assinou com GEI, organismo chinês. “O Passaporte Verde auxiliará a criar uma rota comercial de produtos sustentáveis, seguindo a legislação ambiental do Brasil, que considera o protocolo unificado do Ministério Público Federal e a produção dos animais jovens e de qualidade. Então apresentamos isso a eles para atestar os avanços após o memorando”, explicou
Mauro Mendes abriu o encontro explicando que o Brasil tem a legislação ambiental mais rigorosa do mundo e afirmou que Mato Grosso tem o compromisso de aplicá-la da forma mais rigorosa e correta possível. Além disso, parabenizou o trabalho desenvolvido pelo Imac e reafirmou o compromisso mato-grossense com a segurança alimentar do mundo.
“Temos dois pilares que são o comprometimento ambiental e da nossa contribuição na produção de alimentos da nossa população e contribuindo com a segurança alimentar de outros países. Agradeço e parabenizo o Imac, pois estamos construindo cadeias de rastreabilidade capazes de mostrar que tudo aquilo que nós estamos produzindo acontece de maneira muito sustentável, seguindo a lei brasileira, as regras ambientais e entregando para o mundo um produto que é um exemplo de produção sustentável”, avaliou.
Caio Penido, presidente do Imac, lembrou que o programa será apresentado na quinta-feira (17) na COP 27. A proposta é uma estratégia pactuada entre o setor produtivo e público para eliminar o desmatamento ilegal de propriedades pecuárias, valorizar a biodiversidade, melhorar o balanço de emissões gases de efeito estufa e garantir a inclusão social de pequenos e médios pecuaristas.
“O Passaporte Verde é um protocolo que vai garantir a rastreabilidade socioambiental e a qualidade da carne de Mato Grosso. O objetivo principal dele é que consigamos fazer a rastreabilidade dos animais desde o nascimento até o abate, em acordo com produtores, indústria frigorífica e o Estado”, lembrou, através da assessoria.