O consumo de chocolates vai movimentar R$ 26,871 milhões em Mato Grosso durante o período da Páscoa. Este é o potencial projetado por um estudo, desenvolvido pela IPC Marketing Editora, que estima a cifra de R$ 2,698 bilhões em todo o país no mesmo período. O valor a ser movimentado em 2016 é 1,4% maior que em 2015, quando foram R$ 2,670 bilhões no território nacional.
A publicitária Ana Paula Fernandes, 21, se prepara para gastar entre R$ 80 e R$ 100 com ovos de Páscoa e chocolates. “Considero os preços abusivos. Acho que deveriam ser mais em conta”. Ela relata que tem o hábito de presentear uma sobrinha com ovo de chocolate. Para amenizar os gastos, Ana já pensou em ela mesmo confeccionar os mimos. “Mas quando comparo entre comprar e fazer, por ser trabalhoso, acho mais eficiente comprar pronto”.
Já a estudante, Elenita de Oliveira Neves, 39, não vai desembolsar nenhum centavo com chocolate nesta Páscoa. Ela é seguidora e praticante de uma igreja cristã. “Entendo a Páscoa de uma forma diferente. Para mim celebrar esta data não depende de consumo e sim de fé. Infelizmente, o consumismo tomou conta dos sentidos de datas tão importantes para nós cristãos como é o caso da Páscoa”.
O comunicador, Diego Ramirez, 24, pretende gastar no máximo R$ 30 com ovos de Páscoa. “Eu particularmente não gosto de ovos de Páscoa. Mas compro para presentear meus sobrinhos”. Ramirez explica que compra os mimos no supermercado, e não liga muito para marca ou sabores.
O diretor da consultoria IPC, Marcos Pazzini, explica que os indicadores apontam gastos aproximados de R$ 3,8 trilhões em termos nacionais nos itens de consumo das famílias em 2016. Em 2015, estes gastos foram em torno de R$ 3,7 trilhões, o que evidencia o cenário de baixo crescimento de 2016. Em relação à sazonalidade da Páscoa, Pazzini afirma que a classe C será responsável pela maior parte do valor, correspondendo a R$ 1,137 bilhão, ou seja, 42,1% do mercado sazonal de chocolates e bombons, em 2016.
Em 2º lugar está a classe B, que deverá responder por 36,3% desse mercado, ou seja, um valor da ordem de R$ 978,1 milhões. “As classes D/E, por sua vez, garantirão o consumo equivalente a R$ 374,7 milhões, correspondendo a 13,9% do potencial de consumo de chocolates e bombons, nesta época do ano”. Já a classe A fica com a fatia de 7,7%, representando o valor de R$ 208 milhões.
No ranking das 26 unidades da federação mais Distrito Federal, Mato Grosso está em 16º lugar em potencial de consumo de chocolates e ovos nesta Páscoa.