Rastreabilidade, regularidade de fornecedores diretos e planos de desenvolvimento socioambiental são algumas exigências que os frigoríficos terão de cumprir, a partir de agora, para se candidatarem à obtenção de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As novas diretrizes socioambientais para a pecuária nacional foram anunciadas hoje (22), pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Com essas medidas, ele disse que o banco “busca induzir um processo firme e decisivo de regularização socioambiental e fundiária da pecuária brasileira, a partir de um conjunto de iniciativas, com foco inicialmente no bioma amazônico”. As medidas deverão se estender, numa segunda etapa, a todo o país.
Coutinho destacou que o crédito será uma forma de condicionar compromissos dos frigoríficos, que serão auditados e monitorados. Nessa tarefa, o banco conta com a cooperação dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Ambiental, respectivamente.
O objetivo é ter mecanismos independentes de monitoramento do avanço desses processos, informou Coutinho. Na análise do presidente do BNDES, as novas diretrizes contribuirão para reduzir o avanço do desmatamento ilegal na Amazônia. “Porque nós estamos lançando também linhas [de crédito] de compensação florestal e de reflorestamento para permitir que os produtores que desmataram possam repassar parte dos danos causados. E, também, para a criação de incentivos ao aumento da produtividade da pecuária”.