A Federação das Indústrias de Mato Grosso divulgou hoje a segunda rodada da pesquisa sobre a percepção dos industriais diante da pandemia de Covid-19 e revela que 96% das indústrias sofreram impactos negativos nos últimos dias. Na semana anterior 80% dos empresários entrevistados disseram ter prejuízo por conta de fechamento de empresas, redução no volume de compras. Dos entrevistados agora, 40% registraram queda no faturamento e 16% recorreram ao sistema financeiro para mitigar os efeitos da crise.
Foram entrevistados donos de empresas alimentícias, madeireiras, construção civil, indústria de transformação, bebidas, combustíveis/biocombustíveis, química, minerais e indústrias em geral que também demonstra preocupação com a situação econômica a médio prazo. 55,1% dos entrevistados preveem tendência de piora, 26,53% acreditam em estagnação do setor. Redução de vendas, questões de transporte e logística e dificuldades de acesso aos insumos são os principais obstáculos enfrentados pelas indústrias do Estado.
Apenas 18,37% estão otimistas com os próximos meses. Os dados foram coletados por meio do IEL Pesquisa e do Observatório da Indústria. Cinquenta empresários de nove setores diferentes responderam aos questionários.
Como medidas para driblar a crise, 46% dos entrevistados informaram que implantaram para funcionários o teletrabalho/home office, 32% definiram banco de horas, 28% anteciparam férias individuais, 20% decretaram férias e 22% redução de carga horária.
A pesquisa indica que 76% dos industriais entrevistados ainda não tomaram medidas financeiras para mitigar os efeitos da crise. 16% fizeram renegociações e 14% repactuação com fornecedores. O IEL ouviu 50 entrevistados.
“O ministério da Saúde já confirmou que conviveremos com esse vírus ao longo de 2020. A retomada de algumas atividades econômicas, por meio do decreto do estado, vai ajudar a reorganizar o sistema produtivo de Mato Grosso e, possivelmente, reduzir os impactos negativos. Tudo isso, obviamente, observando estritamente a segurança e a prevenção”, avalia o presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira.
A federação também informa que tem dado todo o suporte necessário aos empresários para o enfrentamento da pandemia. Todo o trabalho é coordenado pelo comitê de gerenciamento de crise, implantado para monitoramento permanente da situação.